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Clippings - 22/06/09

CAP de Santos baixa resolução sobre depots, com validade a partir de agosto

Intenção é estimular operação à noite e de madrugada.

O CAP (Conselho de Autoridade Portuária) do Porto de Santos baixou uma resolução estabelecendo procedimentos para regular a operação dos depots – armazéns de recepção, reparo, vistoria e entrega de contêineres vazios. A estratégia é estimular a atividade à noite e de madrugada para dar vazão à demanda. As regras passam a valer em agosto.

O texto determina que é responsabilidade do armador – quem contrata o depot – remeter com antecedência de 24 horas as informações relativas à operação de contêineres vazios com previsão de descarga dos navios para os terminais retroportuários.

Os dados necessários são: nome do navio, data e horário da operação; quantidade e destino dos contêineres; relação dos veículos e motoristas aptos a transportar, assim como as respectivas documentações; e, finalmente, comprovação da mesma capacidade de produtividade entre o terminal molhado e o depot. Sem tais informações, o terminal portuário não poderá realizar as operações.

O oportunismo da resolução está na dispensa da comprovação da equiparação de produtividade entre terminais molhados e depots para o transporte a ser realizado das 20 horas às 6 horas. A intenção do CAP é estimular, assim, a atividade durante a noite e madrugada, o que não acontece hoje devido ao fato de os terminais de vazios operarem, basicamente, em horário comercial.

O descompasso entre expedição de contêineres pelos terminais molhados e recepção pelos depots está na capacidade operacional – os primeiros contam com um parque de equipamentos de primeira geração, beneficiados que são pelo programa federal de incentivo à modernização portuária, o Reporto.

Já os depots, comparativamente, operam com maquinário obsoleto, por não gozarem do benefício. Como resultado, a produtividade nessas instalações é bem inferior e, consequentemente, as vias públicas de Santos acabam sendo feitas de estacionamentos a céu aberto.

Para o novo presidente da ABTTC (Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres), Martin Aron, a resolução vai ao encontro do que o setor pedia. Se houver demanda à noite e de madrugada, nós trabalharemos, ficaremos abertos, disse em reunião realizada no Comus (Comitê de Usuários de Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo), da Associação Comercial de São Paulo.

A ABTTC representa 41 associados, a maior parte das 97 empresas do tipo existentes no Brasil. Nos quatro primeiros meses do ano, os depots da Baixada Santista movimentaram 117.185 contêineres, número pouco inferior aos 123.574 movimentados no mesmo perãodo do ano anterior.
Fonte: Guia Marítimo