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Clippings - 28/07/09

Chartis, novo nome da AIG, trará US$ 30 milhões para o Brasil

A seguradora americana AIU Holding, que surgiu após a reestruturação da falida AIG, tem novo nome. Ontem, anunciou que a partir de agora se chama Chartis, uma palavra que em grego significa mapa, uma alusão a sua atuação global. O novo símbolo da empresa é uma bússola.

O novo nome também vale para o mercado brasileiro. A Chartis Seguros Brasil, como passou a ser chamada a AIU Seguros, já vai receber um aporte de US$ 30 milhões. O dinheiro, segundo a seguradora, não será usado para o enquadramento às novas regras de solvência da Superintendência de Seguros Privados (Susep). A seguradora já está enquadrada e pretende usar os recursos para crescer no país. O plano imediato é entrar no segmento de seguros de varejo.

Quem está tocando os negócios no Brasil é o executivo Guillermo León, há 31 anos na casa. Ele não dá detalhes de como a empresa pretende chegar ao varejo brasileiro. Apenas informa que a estratégia está em fase de elaboração. No momento, a seguradora vem atuando principalmente para o mercado corporativo.

No Brasil, as operações da AIU ainda incluem uma resseguradora, chamada de American Home Assurance Company. Essa empresa recebeu autorização da Susep no ano passado para operar como resseguradora admitida (atuação por meio de escritório de representação e direito a 40% dos prêmios gerados no país). Não haverá alterações no nome dessa empresa.

As operações no mercado de seguro e resseguro geraram mais de R$ 100 milhões em prêmios no Brasil para a AIU. O número está longe dos prêmios bilionários da época da parceria com o Unibanco na joint venture Unibanco AIG. A sociedade foi desfeita em 2008 com o banco brasileiro comprando a parte da seguradora americana, que continuou com licença da Susep para operar no Brasil.

Pelo mundo, a mudança do nome ocorreu simultaneamente em 160 países e vem acompanhada de outras alterações. A primeira é a nomeação de um novo presidente (CEO), o executivo Kristian P. Moor. A seguradora também se prepara para a venda de uma participação minoritária para um investidor estratégico. Há também o plano de fazer uma abertura de capital, que vai depender das condições de mercado.

A AIU nasceu a partir da restruturação da AIG, que teve que ser socorrida às pressas pelo governo americano por conta de apostas no mercado de derivativos e acabou sendo estatizada. A AIU concentra as operações de seguros. Segundo os dados divulgados ontem pela empresa, ela tem 40 milhões de clientes em 160 países e oferece 500 produtos e serviços.

A companhia tem um patrimônio líquido de US$ 32,1 bilhões. Já as receitas totais com a venda de seguros somaram US$ 50 bilhões em 2008. (Altamiro Silva Júnior, de São Paulo – 28/07/2009)