Companhia afirma que as nove áreas da Bacia da Foz do Amazonas que arrematou no último leilão da ANP desempenham uma parte importante dentro do seu portfólio na América do Sul, e que está monitorando as decisões do governo para prosseguir com o plano exploratório na região

Os nove blocos exploratórios da Bacia da Foz do Amazonas arrematados pela Chevron no 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC) da ANP, no dia 17 de junho, desempenham uma parte importante dentro do portfólio da companhia na América do Sul, afirmou a empresa em entrevista à Brasil Energia. A Chevron afirmou que a seleção de novas áreas é feita após uma avaliação minuciosa de todas as oportunidades, e que está monitorando as decisões do governo para prosseguir com o plano exploratório na região.
“Estamos preparados para executar nossos projetos com tecnologias de ponta em águas profundas para trazer novas oportunidades de recursos”, disse a assessoria de imprensa da Chevron à reportagem. A companhia arrematou os blocos FZA-M-194, FZA-M-196, FZA-M-265, FZA-M-267, FZA-M-334, FZA-M-336, FZA-M-405, FZA-M-473 e FZA-M-475 em parceria com a chinesa CNPC, sendo os seis primeiros blocos com 65% e 35% de participação, respectivamente, e os três últimos com 50% e 50% de participação.
Ao todo, a empresa norte-americana e a chinesa gastaram cerca de R$ 582 milhões em bônus de assinatura pelos nove blocos, numa disputa com a ExxonMobil e a Petrobras. “Nossa participação nesta rodada de licitações é uma expressão de nosso compromisso com a indústria de petróleo e gás do país”, completou, via assessoria.
Uma outra parte do portfólio da Chevron no Brasil se concentra na Bacia de Pelotas: a companhia adquiriu, no 4º Ciclo da OPC, realizado em 2023, 15 blocos exploratórios na bacia (P-M-1791, P-M-22, P-M-24, P-M-76, P-M-78, P-M-132, P-M-134, P-M-190, P-M-192, P-M-194, P-M-1275, P-M-1664, P-M-1666, P-M-1733 e P-M-1735), todos com 100% de participação. O trabalho inicial na região, segundo a petroleira, se concentra na aquisição de dados sísmicos e na avaliação da prospectividade para determinar o potencial desses blocos.
Completam a carteira de ativos da companhia no país os blocos C-M-659 e C-M-713, localizados na Bacia de Campos e operados pelo consórcio formado por Shell (40%, operadora), Chevron (35%) e QatarEnergy (25%). Recentemente, em abril deste ano, a Shell encontrou indícios de gás no poço Ariranha-E1 (1-SHEL-36-RJS), localizado no bloco C-M-659, segundo dados da ANP. Outros indícios de gás também foram encontrados no poço Suçuarana-1A (1-SHEL-35A-RJS), o primeiro a ser perfurado no bloco C-M-659, em 2023.
Fonte: Revista Brasil Energia