A China se comprometeu a incentivar o aumento das importações de produtos de maior valor agregado do Brasil, segundo comunicado conjunto dos dois países divulgado nesta terça-feira, durante visita da presidente Dilma Rousseff a Pequim.
A diversificação das exportações à China é uma das principais reivindicações do setor produtivo nacional, que reclama do domínio de produtos básicos, como commodities, na pauta de vendas ao país asiático.
A parte chinesa manifestou disposição de incentivar suas empresas a ampliar a importação de produtos de maior valor agregado do Brasil, afirmou comunicado divulgado pelo Ministério de Relações Exteriores.
No ano passado, 83% das exportações brasileiras à China foram de produtos básicos, enquanto 98% das importações foram de produtos manufaturados.
Já o Brasil reafirmou o compromisso de tratar com rapidez a questão do reconhecimento da China como economia de mercado, segundo o comunicado conjunto.
Em 2004, o governo brasileiro declarou reconhecer a China mas não formalizou a decisão. A posição é contestada por empresários brasileiros, que acusam exportadores chineses de práticas desleais, como dumping.
Outra questão sensível aos exportadores brasileiros, o valor baixo do yuan, não foi mencionada no comunicado.
Os países também reiteraram o compromisso com as negociações para a conclusão da Rodada de Doha e em ampliar os investimentos recíprocos em diversas áreas, como tecnologia, energia, mineração, logística e setor automotivo.