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Clippings - 10/05/12

Cisco e Shell vão perfurar poços na Bacia do São Francisco

Trabalhos consistem na terceira e mais longa fase da perfuração, onde a sonda deve atingir 1.500 metros de profundidade. Em Morada Nova de Minas, empresas intensificam pesquisas para exploração de gás natural.

Em até 15 dias, a Cisco Oil and Gás, subsidiária da Gávea Oil and Gás, vai reiniciar a perfuração do bloco exploratório 133, na Bacia do São Francisco, em Morada Nova de Minas, região Central do Estado. Os trabalhos consistem na terceira e mais longa fase da perfuração, onde a sonda deve atingir 1.500 metros de profundidade. As informações são do analista operacional da empresa, Rafael Neiva. Nesta terça-feira (8), a Shell informou que pretende iniciar as perfurações em 2013.

A Cisco extrapolou o prazo de exploração acordado com a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), que venceu em 12 de janeiro. Já foi negociada a prorrogação e a sonda que foi contratada para prosseguir com as atividades está em fase de montagem. “A expectativa é atingir a profundidade final do poço em 30, 40 dias, mas isso ainda depende da formação geológica das rochas”, afirmou Neiva.

De acordo com ele, já foram perfurados 400 metros nas fases 1 e 2 e não houve indício da existência de gás natural, o que estaria dentro do previsto pela pequena profundidade. Esse bloco é o único que a companhia possui na Bacia do São Francisco.

Além da Cisco, outras empresas, como o consórcio Cebasf, liderado pela Orteng, a Petra Energia, a Petrobras e a Shell estão em busca de bolsões de gás no São Francisco, em uma área que se estende da região Central à Norte de Minas Gerais.

A Shell encerrou no fim de abril a operação de sísmica em seu projeto onshore na Bacia do São Francisco, em Minas Gerais, informou o presidente da companhia no Brasil, André Lopes de Araújo. A petroleira analisa agora os resultados para definir os locais das primeiras perfurações na área, previstas para o início de 2013.

A Shell está em fase de contratação de sonda para operar no local, disse Araújo. A exploração na Bacia do São Francisco pode abrir o caminho para a produção de gás pela Shell no Brasil, onde a companhia produz apenas óleo. Em 2012, a companhia deve ter pela primeira vez uma produção de gás superior à de petróleo no mundo. “Essa é uma tendência”, disse Araújo.

Recentemente, a empresa identificou hidrocarbonetos no bloco BM-S-54, no pré-sal da Bacia de Santos, onde é parceira da Total. Após concluir testes de produção na região, a companhia estuda a necessidade de fazer novas perfurações. “Poço seco não é”, garantiu o presidente da Shell, que preferiu não adiantar os resultados dos testes.

Nos próximos 18 meses a Shell projeta perfurar entre 8 e 12 poços no Brasil, a maioria ligados à atual produção da empresa no país. As perfurações serão realizadas no BC-10 e Bijupirá & Salema, ambos na Bacia de Campos, e no BM-S-54.

Araújo citou os investimentos na fase 2 do Parque das Conchas (BC-10), na Bacia de Campos. Ele afirmou que a Shell não contratará um segundo FPSO para a expansão da produção no BC-10 “Não vamos adiantar dados de produção, mas queremos recuperar a produção perdida à medida que os poços originais vão sendo consumidos”, disse o executivo, que participou do 13º Seminário sobre Gás Natural do IBP.

Segundo Araújo, a demora na 11ª rodada de licitações da ANP não reduz o interesse da Shell pelo mercado brasileiro. Segundo ele, o país é estratégico para o grupo que não fará distinção entre gás, óleo, ativos onshore, offshore, pré ou pós-sal. “O Brasil é um país que tem demonstrado respeito às regras e está extremamente bem rankeado nos planos do grupo”, disse.