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Clippings - 16/09/25

CLI investirá R$ 565 milhões para ampliar capacidade e reduzir emissões em Santos

Aporte está previsto para ser aplicado até 2028 e terá foco no açúcar a granel, com ações para redução emissão de poluentes nas atividades

O grupo Corre Logística e Infraestrutura (CLI), um dos operadores do Terminal de Grãos (Tegram) no Porto de Itaqui (MA), e que também opera o CLI Sul, no Porto de Santos (SP), anunciou um plano de investimentos de R$ 565 milhões até 2028 para ampliar sua capacidade de movimentação de cargas, com foco no açúcar a granel, e na redução das emissões de poluentes em suas atividades. O projeto faz parte do programa de modernização da empresa e inclui a troca de equipamentos, a instalações de outros com maior capacidade de movimentação e modernização da infraestrutura dos terminais. A expectativa é aumentar a movimentação das atuais 15 milhões de toneladas por ano para 20 milhões de toneladas anuais em Santos.

No terminal paulista, será instalado um novo shiploader com capacidade de 2,5 toneladas/hora, equipado com tecnologia Dust Hazard Suppressor (DHC), que permite recolher a poeira produzida no carregamento de navios, reduzindo o desperdício de grãos e a poluição. O equipamento, que está sendo fabricado pela empresa TMSA, no Rio Grande do Sul, e tem instalação prevista para março de 2026.

Cristiane Lunardi, gerente executiva de Tecnologia da Informação e de Engenharia da CLI contou que o novo equipamento é projetado para movimentar tanto soja e milho como açúcar. Segundo Cristiane, ele foi desenvolvido com tecnologia específica para carregamento de açúcar, considerado mais complexo e, além de aumentar a produtividade, recolhendo e reintroduzindo grãos que seriam desperdiçados e evitando a dispersão da poeira gerada no embarque, também reduzirá a poluição sonora, pois será equipado com supressor de som. “Esses investimentos fazem parte do compromisso ESG da CLI e também melhoram sua eficiência operacional”, disse à Portos e Navios.

O gerente executivo da empresa, Marcelo Zucon, acrescentou que a troca do shiploader foi um decisão que visa a modernização e reduzir a emissão de poluentes, e não por problemas com o que é usado atualmente. Segundo Zucon, o equipamento, fabricado na década de 1990, ainda poderia ser utilizado por alguns anos, mas sem a mesma eficiência do que será instalado e sem a vantagem de reduzir a dispersão de poeira.

Zucon anunciou que, também para melhorar a produtividade e reduzir a poluição e a emissão de gases, além de aumentar a segurança dos operadores, as correias transportadoras que são usadas atualmente para levar os grãos até os abastecedores dos navios, que são abertas, serão trocadas por modelos semi enclausurados. O gerente explicou que uma das principais vantagens das novas correias será eliminar a exposição de partes móveis e do produto, com sistema de filtros automatizados que aspiram o pó gerado. As obras civis para a instalação dos equipamentos foram iniciadas em setembro.

O programa de modernização anunciado pelo grupo inclui ainda o Centro de Controle Operacional e Apoio e a instalação de câmeras com reconhecimento facial para monitorar todos os acessos à área alfandegada do terminal. Esse centro, detalhou a gerente de TI da CLI, será equipado com um painel operacional inteligente, com indicadores em tempo real e imagens para garantir mais segurança.

Além disso, o Programa prevê a realização de obras para ampliar o parque de moegas, que passará a ter quatro pontos de abastecimento, e um novo armazém de açúcar granel, com previsão para operar a partir de 2027. Nos dois casos, estão sendo feitos estudos do cronograma ideal para realizar as obras sem afetar a movimentação de cargas.

De acordo com Cristiane Lunardi, o planejamento para todas as obras previstas precisa ser feito com cuidado porque o CLI Sul opera 24 horas por dia em todos os dias do ano, e para as obras será preciso parar o terminal. “O terminal é dinâmico e sua paralisação depende de acordo com os clientes”, disse Cristiane, que citou os períodos de entressafra como propícios para as intervenções.

Fonte: Revista Portos e Navios