Previsão de investimentos é de R$ 2 bilhões na infraestrutura dos portos baianos.
A Codeba (Companhia Docas da Bahia) está apostando no desenvolvimento da cabotagem. Para isso, um berço de atracação dedicado ao modal já foi concluído no Terminal de Contêineres administrado pelo órgão.
Em entrevista à revista Guia Marítimo, José Rebouças, presidente da Codeba, explica a importação dessa medida: “Hoje, 30% do volume total movimentado pelo Terminal de Contêineres administrado pela Codeba é de Cabotagem. Para desenvolver esse setor é preciso que haja navios. Esse é um mercado que a gente quer que se desenvolva. Mas isso não depende só do porto, depende de toda uma conjuntura. Não há frota grande de navios para cabotagem, não se pode trabalhar com cabotagem tendo bandeira estrangeira, o custo do combustível ainda é alto… Tudo isso são fatores que criam certas dificuldades no processo de aumento do volume na cabotagem. Mas sem dúvida, todo mundo fala desse aumento. Isso estamos trabalhando, já estamos fazendo a parte da infraestrutura”, enfatiza.
Segundo ele, esse é um jeito de fomentar o desenvolvimento do modal, muito mais do que de se antecipar à demanda: “Isso mostra que estamos antenados, estamos prevendo que há cada vez mais necessidades nesse setor e estamos investindo nisso”, conclui. Nos próximos anos, a previsão é que a Codeba invista, com recursos públicos e privados, cerca de R$ 2 bilhões na infraestrutura em seus portos (Salvador, Aratu e Ilhéus).