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Clippings - 04/08/09

Com recorde de embarques, frete encosta na melhor marca histórica

Valor por tonelada chega a US$ 38 para navios capesize, afirmou ao Guia Marítimo executivo da TBS.

As contratações de navios para entrega imediata de minério de ferro do Brasil para a China saltaram para um recorde em julho, e os embarques da Austrália aumentaram no final do mês, de acordo com dados da AXS Marine, sinalizando que a demanda do maior produtor de aço do mundo está firme mesmo após importações recordes no primeiro semestre.

Os embarques do Brasil, segundo maior fornecedor de minério de ferro para a China depois da Austrália, saltaram para um recorde de 39, ante 24 no mês passado, o que sugere que a insaciável demanda da China pelo minério de outros países permanece intacta.

Com a marca histórica de procura por navios graneleiros, o frete por tonelada começa a se recuperar e se aproxima do melhor número já registrado. Atualmente, o frete entre o Brasil e a China para transporte de 160 mil toneladas de carga granel em uma embarcação capesize sai por US$ 38 a tonelada. Em dezembro, era cobrado cerca de US$ 12 e no ápice, em agosto de 2008, chegou a US$ 45, afirmou ao Guia Marítimo o gerente de afretamentos da TBS, Edwin Santana.

Segundo o executivo da TBS, o afretamento da embarcação na região do Pacífico custa US$ 55 mil dólares por dia. Em dezembro, chegou a US$ 8 mil.

Santana contou também que, atualmente, o bunker, que custa em média US$ 400 a tonelada, representa entre 45% e 50% do custo do frete.

A Associação Chinesa de Minério e Aço, que negocia o preço do minério de ferro pelas siderúrgicas do país com as principais mineradoras, disse na semana passada que as importações em excesso são um sério obstáculo nas negociações deste ano.

Os preços à vista do minério de ferro superaram os US$ 100 a tonelada entregue na China pela primeira vez em nove meses, conforme siderúrgicas de pequeno e médio porte correram para elevar as importações e a produção de aço atingiu taxas recordes diárias.

Puxado pelos embarques para a China, o Brasil está mostrando sinais de recuperação da crise, mas imprevistos podem acontecer e tudo ir por água abaixo. É muito difícil prever qual o cenário para o transporte marítimo daqui a seis meses, completou Santana.