Uma das razões que motivaram a criação da Valor da Logística Integrada (VLI), empresa controlada pela Vale, foi o surgimento do novo marco regulatório para as ferrovias.
As regras vão criar ambiente de maior concorrência nas ferrovias que serão construídas e administradas por empresas privadas.
O transporte por ferrovias hoje é diferente do que era há dez anos, compara Humberto Freitas, diretor-executivo de logística, exploração mineral e tecnologia da mineradora.
O executivo afirmou que a Vale vê de maneira positiva os novos marcos regulatórios criados para as ferrovias e os portos.
A mineradora está contribuindo com estudos de engenharia para que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) possa licitar novos trechos de ferrovias. O plano do governo é fazer as primeiras licitações em abril de 2013.
Quanto mais trechos de ferrovias tivermos funcionando no país, mais carga vai existir para [escoar] pelos corredores da VLI, disse Freitas. Queremos o máximo de volume de ferrovia operando no Brasil para captar carga para nossos sistemas [logísticos], afirmou o executivo.
Ele disse que nem a Vale nem a VLI têm interesse em possuir novos trechos de ferrovias. Fizemos os corredores [da VLI] com os trechos que temos [na Vale] e temos interesse de ser operadores, via VLI, nos trechos novos que surgirem.
Freitas disse que o fato de a Vale contribuir para os estudos de engenharia das novas ferrovias não permite à empresa participar dos futuros leilões. Mas a VLI deve se candidatar a operadora em alguns trechos.