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Clippings - 22/04/25

Concremat desenvolve novo processo de separação de água e óleo

O projeto, desenvolvido em parceria com a Unicamp, surgiu a partir da necessidade de um cliente de aprimorar etapas e consequentes custos na extração de petróleo em poços maduros onshore

João Vitor Teixeira, coordenador de Inovação e P&D da Concremat, e Leonardo Verbicaro Perdomo, coordenador de Inovação e Negócios da Concremat (Foto: Divulgação)

A Concremat – empresa de engenharia e EPC do grupo China Communications Construction Company (CCCC) – desenvolveu um novo processo de separação de água e óleo nas estações coletoras de campos maduros onshore. O processo foi desenvolvido em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que foi responsável pela validação dos cálculos e dos testes em pequena escala.

O projeto teve início a partir da necessidade de um cliente da Concremat que buscava aprimorar processos e consequentes custos na extração de petróleo em poços maduros onshore. Ao injetar água nos poços para retirada do óleo em volumes que variam entre 60% e 97% de água e apenas 3% de óleo, o elevado custo do transporte e do tratamento deste material nas refinarias reduz, de forma substancial, a lucratividade da produção.

Desta forma, a Concremat desenvolveu um novo processo de separação de água e óleo nas estações coletoras que evita o transporte desnecessário de água, reduz os custos relacionados ao tratamento do óleo na refinaria e diminui a necessidade do uso de água no processo para os poços de injeção, resultando, segundo a companhia, em processos mais eficientes, com menor custo operacional e menor impacto ambiental.

“Nosso sistema utiliza uma série de processos físicos como sifonação, precipitação, filtração e arrasto, para promover essa separação, aliados com produtos químicos como desemulsificantes, ácidos-bases, coagulantes e floculantes específicos que aceleram o procedimento como um todo”, explicou João Vitor Teixeira, coordenador de Inovação e P&D da Concremat.

O resultado desse processo é que o óleo retirado, junto com os produtos químicos, é levado para a refinaria nos caminhões, enquanto a água resultante é reinjetada no poço. A Concremat estima que a solução proporciona uma redução de mais de 95% no consumo de água.

O procedimento foi validado por testes pela Unicamp. “Com amostras brutas de cada uma das estações, nossos cálculos e procedimentos, trabalhamos com o Laboratório de Saneamento da Engenharia Civil da Unicamp (Labsan), que ficou responsável pela validação dos cálculos e dos testes em pequena escala”, completou Teixeira.

Essa solução, em específico, está direcionada somente ao cliente contratante, e sua implementação em campo depende da decisão do cliente, assim como da aquisição dos equipamentos para esse processo. Adicionalmente, a Concremat afirma que está estudando novas soluções que possam impactar ainda mais na rentabilidade de outras unidades.

“Observando a solução pelo ponto de vista da destinação de água, a depender da necessidade da unidade, seja reinjeção, disposição, irrigação, e outras, os próximos passos da Concremat são os de desenvolver soluções técnicas aderentes ao cenário, com o melhor custo-benefício possível para os clientes, atendendo a todos os requisitos legais aplicáveis”, disse a empresa.

Fonte: Revista Brasil Energia