unitri

Filtrar Por:

< Voltar

Clippings - 22/03/24

Constellation e Sapura realizam primeira troca de thruster no mar

A Constellation e a Sapura concluíram, em fevereiro, a troca de thruster (propulsor) em alto-mar na sonda Laguna Star, atualmente sob contrato com a Petrobras, informaram as companhias em comunicado divulgado no final de quarta-feira (20). 

A operação representa uma manobra inédita no mercado de óleo e gás offshore do Brasil, segundo as companhias, pois foi conduzida a cerca de 200 km da costa do Rio de Janeiro e em lâmina d’água de mais de 2 mil m, sem a necessidade de que a unidade de perfuração fosse levada para a costa.

As atividades de substituição de thruster azimutal no país só eram, até então, realizadas em águas abrigadas. O equipamento, que pesa cerca de 61 toneladas, é um item de propulsão do navio-sonda e fornece ao sistema de posicionamento dinâmico força e direção de impulso.

A execução da operação em alto-mar proporcionou redução do tempo de parada da sonda e mais segurança, segundo as companhias, uma vez que demandou menos mergulhadores. Cerca de seis mergulhadores foram mobilizados para a operação, contra cerca de 60 profissionais que seriam necessários caso a operação fosse realizada em águas abrigadas, pois seriam demandadas intervenções adicionais no casco.

Consequentemente, a operação também gerou menos tempo de trabalho dos profissionais envolvidos. De acordo com a Constellation, o procedimento gerou a redução em quase 150 vezes o homem-hora de mergulho, atividade que possui exposição elevada ao risco, além de uma “economia financeira substancial” para a companhia. 

A operação de troca durou 40 horas e envolveu quatro embarcações: a Laguna Star, a embarcação de lançamento de linha PLSV Sapura Ônix, o rebocador AHTS CBO Valletta, do Grupo CBO; e o barco de mergulho Miami Blue. Antes, as companhias afirmam que foram necessários ensaios do posicionamento da manobra e estudos de engenharia, movimentação das ondas e velocidade do vento.

Durante a intervenção para substituição do equipamento, os navios Laguna Star e Sapura Ônix
foram posicionados a uma distância de apenas 15 metros um do outro
(Foto: Divulgação Constellation e Sapura)

“O conhecimento que construímos ao longo de mais de 40 anos de operação na costa brasileira, abrangendo os desafios técnicos e operacionais, possibilitou que realizássemos essa manobra pioneira com excelência e segurança. Temos orgulho de participar da quebra de mais um paradigma para a indústria de óleo e gás do país”, afirmou Rodrigo Ribeiro, CEO da Constellation, segundo o comunicado. 

“A Sapura tem um imenso orgulho em incluir este trabalho em nossa lista de projetos de engenharia pioneiros. Ele representou um desafio que exigiu extensa pesquisa, dedicação e comprometimento de nossa equipe. E, mais uma vez, demonstramos que estamos empenhados a superar desafios, priorizando segurança e excelência”, disse Rogerio Salbego, CEO da Sapura, também em comunicado.

A Laguna Star é uma sonda de posicionamento dinâmico (DP) de águas ultraprofundas, projetada para operar em lâmina d’água de até 3 mil m, com capacidade de perfuração de até 12 mil m. Já a Sapura Ônix é uma embarcação projetada para lançamento e manuseio de dutos flexíveis que foi aprimorada para lidar com projetos especiais de engenharia submarina. O navio possui dois ROVs e consegue atuar em lâmina d’água de até 3 mil m.

Fonte: Revista Brasil Energia