A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, assegurou que a companhia vai aumentar ainda mais a proporção de conteúdo nacional em todas as suas áreas de atuação, que deverão receber, em conjunto, o investimento recorde de US$ 236,5 bilhões até 2016.
Este é um compromisso que estamos reafirmando com muita clareza, porque entendemos a importância de fortalecer o empresariado nacional, afirmou, no encerramento do 13º Encontro Internacional de Energia realizado pela Fiesp.
Segundo Foster, a porcentagem de conteúdo nacional no fornecimento de produtos e serviços à Petrobras vem aumentando progressivamente nos últimos anos. Entre 2004 e 2011, a participação de fornecedores nacionais passou de 55% para 62% na área de exploração, de 82% para 92% no setor de abastecimento e de 70% para 90% nas atividades de gás e energia, informou.
O Plano de Negócios 2012-2016 da Petrobras, recentemente aprovado pelo Conselho de Administração, destina US$ 141,8 bilhões (60% do total) para a exploração e produção, US$ 65,5 bilhões para o refino, US$ 13,8 bilhões para gás e energia, US$ 5 bilhões para a área petroquímica, US$ 3,8 bilhões para biocombustíveis, US$ 3,6 bilhões para a distribuição e US$ 3 bilhões para o setor corporativo.
Esses recursos vão colocar em prática 980 projetos, dos mais de 5 mil que foram apresentados e discutidos no âmbito da empresa, revelou Graça Foster.
Perguntada sobre uma possível readequação da área de refino para atender o mercado nacional de gasolina, que teve a demanda aumentada nos últimos anos, a presidente da Petrobras descartou a ideia, principalmente porque isso implicaria atrasar a implantação da refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca (PE), e do 1º Trem de Refino da Comperj, em Itaboraí (RJ), previstos para entrar em operação no ano que vem.
E não há nada que me tire mais do sério do que atrasos, observou, antes de acrescentar que esse déficit momentâneo na produção de gasolina será corrigido naturalmente com a expansão da oferta de etanol.
As informações que tenho indicam um aumento na produção do etanol nas safras de 2013 e 2014, o que nos permitirá reduzir a importação de gasolina na mesma proporção. Enquanto isso, continuaremos comprando no exterior a gasolina necessária para o abastecimento interno, sem problema algum, justificou.