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Clippings - 09/11/09

Contrato para construção da P-63 deve ser assinado no final do mês

O presidente da Quip, Miguelangelo Thomé, foi um dos palestrantes do Seminário Indústria Naval do Rio Grande: Uma Visão de Futuro, realizado ontem, na Câmara de Vereadores rio-grandina. Sua palestra foi ?Perspectivas da Indústria Naval do Rio Grande?. Na ocasião, ele informou que está prevista para o próximo dia 27 a assinatura do contrato entre a empresa e a Petrobras para a construção da plataforma de petróleo P-63. O protocolo de intenções neste sentido foi assinado em outubro. Para execução do projeto desta unidade, a Quip terá como parceiro o grupo BW Offshore, da Noruega.

Esse grupo será o responsável pela parte naval, que consiste na disponibilização e conversão do navio tanque ULCC BW Nisa (Berge Nisa) no casco da P-63. À Quip caberá a construção dos módulos e a integração destes ao casco, serviço que fará em Rio Grande. Miguelangelo Thomé observou que a empresa já está trabalhando na elaboração do projeto base desta unidade e começou as obras civis com demolição das antigas instalações da Bunge na área ao lado do seu canteiro de obras, localizado na ponta sul do Porto Novo do Rio Grande.

Para a construção da P-63, a empresa vai reativar o canteiro, que foi usado para as obras da P-53, e ampliá-lo com o uso da antiga área da Bunge. Thomé relatou que a ideia é triplicar o canteiro, pois a P-63 exige uma infraestrutura maior do que a anterior. Como ainda há dois pavilhões cheios de material no espaço da demolição, ele pretende conversar com a direção da Bunge para resolução deste problema. Segundo ele, a Bunge aguarda licença para levar o material para suas novas instalações – em construção no Superporto rio-grandino.

A previsão é que a construção da plataforma se inicie em um ano e que absorva, no pico da obra, em torno de 2,5 mil trabalhadores. A P-63 é do tipo FPSO (Floating Production, Storage and Offloading) e será instalada no Campo de Papa Terra, na Bacia de Campos. Essa unidade deverá contar com 65% de conteúdo nacional e terá capacidade para produção de até 150 mil barris de óleo por dia, para estocar 1,4 milhão de barris de óleo e comprimir 1 milhão de metros cúbicos/dia de gás. Seu custo será de US$ 1,29 bilhão.

P-55

A parte da construção da plataforma P-55 que cabe à Quip será executada na área do dique seco, que está sendo construído pela WTorre/Estaleiro Rio Grande no Superporto do Rio Grande. As obras para construção do convés já começaram em parte das oficinas do dique, consistindo na soldagem das vigas e nós de aço especial que formarão os conjuntos para a montagem da estrutura principal do convés. A empresa também tem serviços relativos a esta plataforma em andamento no Rio de Janeiro.

Ontem, Miguelangelo Thomé relatou que, atualmente, estão trabalhando no projeto desta unidade em torno de 500 pessoas, sendo 300 no Rio de Janeiro e 200 em Rio Grande. No pico de sua construção, na área do dique seco, a P-55 deve gerar em torno de 2000 empregos, conforme o presidente da Quip. Esta plataforma deve ser entregue a Petrobras em meados de 2011. A Quip construirá o convés e dois módulos desta unidade e fará a integração destas estruturas ao casco.

Ela é do tipo semissubmersível e atuará no Campo de Roncador, a 125 quilômetros do Cabo de São Tomé, em Campos (Rio de Janeiro). É destinada à produção de 180 mil barris de óleo por dia e tem capacidade de compressão de 6 milhões de metros cúbicos por dia de gás. O valor desta plataforma é de US$ 1,65 bilhão.

Outros projetos

Miguelangelo Thomé revelou ainda que a Quip também tem outros projetos em vista. Ao falar sobre os oito cascos que a Petrobras pretende construir no dique seco, disse que a empresa espera, pelo fato de ficar tão próxima da área de execução deles, ser mais competitiva e ganhar as concorrências futuras para fazer os topsides e instalações destes cascos. Transformar os cascos em plataformas é a nossa especialidade, destacou. Thomé ressaltou que, em todos os seus projetos, a Quip está priorizando a mão-de-obra local e está trabalhando junto com a Prefeitura e o Senai na preparação dos trabalhadores rio-grandinos.

A construção destas plataformas e da série de cascos em Rio Grande, no seu entender, fará com que Rio Grande tenha um desenvolvimento contínuo, o que pode levar ao crescimento da cidade e melhoria das condições de sua população.