O grupo CPFL Energia estuda a possibilidade de desenvolver um empreendimento de energia eólica para comercialização exclusiva no mercado livre.
O parque seria do porte do complexo Santa Clara (188 MW), em obras no Rio Grande do Norte. A decisão sobre o investimento depende ainda de decisão do conselho de administração, informou Paulo Cezar Coelho Tavares, vice-presidente de Gestão de Energia.
Regras aprovadas recentemente pelo MME e que solucionam a questão da oferta de garantia física para projetos eólicos dedicados ao ACL, animaram a CPFL Energia a avaliar essa alternativa, disse o executivo. A solução encontrada teve como base subsídios encaminhados por associações do setor elétrico.
Apesar do interesse no mercado livre, Tavares informou que a CPFL Energia não deixará de participar dos leilões oficiais programados para este ano. Ele não revelou detalhes sobre os empreendimentos que o grupo irá habilitar.
Para agregar valor aos parques eólicos de Santa Clara e à usina térmica de biomassa Baía Formosa, ambos no Rio Grande do Norte, o executivo explicou que a própria CPFL Energia está cuidando da engenharia e construção das instalações elétricas internas e conexões ao sistema.
No caso de Baía Formosa (40 MW), além da subestação de 45 MVA, a empresa também se encarrega da montagem de uma linha de transmissão em 69 kV, com cerca de 18 kms de extensão. A previsão é concluir a obra em abril.
Recentemente a CPFL Energia também entregou na Paraíba uma subestação de 230 kV/450 MVA para atendimento da térmica Epasa, subsidiária do grupo. “Em certos casos os transformadores também são fabricados pela companhia”.
Paulo Ferreira participou do primeiro dia de apresentações do Wind Forum 2011, promovido pelo IQPC, em São Paulo.