unitri

Filtrar Por:

< Voltar

Clippings - 13/05/11

CPFL espera eólicas mais caras e grande competição nos leilões de julho

Empresa, que inscreveu usina a gás no certame, espera briga acirrada entre todas as fontes na licitação.

A CPFL Energia acredita que os preços alcançados pelos parques eólicos nos últimos certames de energia não devem se repetir. Para o presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr, o valor médio da energia das usinas registrado no ano passado, de R$130 por MWh, foi resultado de uma conjuntura econômica que não existe mais – com o mercado europeu em crise e uma série de fabricantes de componentes anunciando unidades no Brasil e precisando fechar contratos para viabilizar seus empreendimentos.

Para Ferreira, as fábricas já conseguiram pedidos suficientes e o cenário econômico tem se normalizado, com os Estados Unidos tendo retomado o crescimento. A situação não deve se repetir da forma como foi. Acredito que tem que haver em algum momento a razoabilidade, até para que a gente evite atropelos no caminho. Interessa que tenhamos empreendedores qualificados, não só técnica, como financeiramente, para que a gente consiga fazer projetos com tarifa módica, mas que sejam feitos, explica o executivo.

Com uma provável elevação do valor final da energia eólica, o presidente da CPFL acredita em uma maior competição entre as plantas da fonte e as termelétricas a biomassa e a gás natural. No certame A-3, todas fontes competirão entre si – incluindo empreendimentos hidrelétricos – enquanto, no de energia de reserva, apenas eólicas e biomassa serão contratadas.

O executivo também revela que a CPFL inscreveu para o A-3 uma usina a gás com 224MW de potência instalada, a ser construída no Espírito Santo. O certame ainda pode servir para viabilizar projetos recém-chegados à carteira da CPFL, provenientes da fusão com a Ersa e da aquisição da Siif Énergies, anunciadas recentemente.

Acho que, no final, vai ser uma briga boa. Cada fonte tem suas qualidades, e o ambiente de competição vai viabilizar cada uma delas, analisa Ferreira. Segundo ele, as usinas a biomassa também têm apresentado um desempenho cada vez melhor, o que pode deixar os valores praticados pelas fontes em patamares mais próximos. A estimativa da companhia é de que o governo contrate cerca de 1.200MWmédios no leilão A-3.

Ferreira ainda adiantou que a CPFL também estuda a participação em projetos hidrelétricos que devem ser licitados no segundo semestre, em um possível certame A-5. O foco seria principalmente as usinas de maior porte.

Resultados

O lucro líquido da CPFL Energia no terceiro trimestre deste ano somou R$466 milhões – uma retração de 4,5% frente ao desempenho dos primeiros meses de 2010. No perãodo, a receita operacional bruta da empresa creceu 6,1%, chegando a R$4,5 bilhões, enquanto os custos e despesas operacionais subiram 19% e o custo com energia elétrica aumentou 0,8%. No total, esses gastos somaram R$2,1 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) da empresa saltou 3,9%, totalizando R$1 bilhão.