As vendas brasileiras de soja para o mercado árabe cresceram no primeiro bimestre e geraram receita de US$ 27 milhões ao País.
No mesmo perãodo do ano passado, elas não chegaram a US$ 2 mil. A exportação para os países árabes é um processo que tem a ver com o momento econômico e geopolítico mundial.
O Brasil está cada vez mais importante na exportação, abrindo mais mercados, entre eles os países árabes, diz o analista de commodities da Cerealpar, Steve Cachia.
Em volume, as vendas de soja do Brasil para o mundo árabe alcançaram 62,6 mil toneladas em janeiro e fevereiro deste ano, contra cerca de uma tonelada no mesmo perãodo de 2011.
Cachia esteve em Dubai, em fevereiro, para uma palestra no Congresso Mundial de Grãos, e afirma que o Oriente Médio e Norte da África, chamados Mena, estão nitidamente preocupados de onde virá seu abastecimento de matérias-primas. Eles sabem que vão crescer, conta o analista, lembrando que a Ásia também terá demanda maior.
O Brasil exportou US$ 172 milhões em soja para o mundo árabe no ano passado, mas neste ano há dúvidas da capacidade que o País terá para atender o mercado internacional, já que há previsão de queda na safra. A gente pode perder esse crescimento (da Ásia e Mena), mas se tivermos uma safra cheia no ano que vem, podemos voltar a vender, afirma Cachia. Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, estados produtores de soja, enfrentaram seca entre o final do ano passado e início deste ano, impactando a colheita.