BP está suspendendo a perfuração de poços no deserto da Líbia, enquanto a norueguesa Statoil vai fechar seu escritório e retirar funcionários do país.
A British Petroleum (BP) informou ontem (21/02) que está suspendendo os preparativos para perfuração de poços no deserto da Líbia, enquanto os empreiteiros se retiram da região, por conta da crise política que afeta o país. A norueguesa Statoil, por sua vez, anunciou que está fechando seu escritório no país e retirando seus funcionários.
A suspensão dos planos da BP na Líbia pode ser um problema para a companhia, que em 2007 assinou um acordo no valor de cerca de US$ 900 milhões para explorações no país. Na ocasião, a empresa informou que esse é o maior compromisso individual de exploração da empresa. Um porta-voz da BP afirmou que alguns empreiteiros que trabalhavam no país estão sendo retirados como precaução das operações em terra da companhia. Nós estamos suspendendo os preparativos para perfuração na Bacia de Ghadames, que iria começar no primeiro semestre deste ano, disse o porta-voz. As operações em alto mar da BP na Líbia prosseguem normalmente.
A Statoil também afirmou que alguns estrangeiros (…) estão deixando o país em consequência da situação atual. Nós decidimos fechar o escritório em Trípoli, disse. A companhia norueguesa é parceira em alguns campos de petróleo, mas não os opera.
Outras petroleiras, porém, informaram que suas operações não foram afetadas pela turbulência social na Líbia, como a francesa Total, a russa Gazprom, a espanhola Repsol YPF e a italiana Eni. Gazprom e Eni disseram que não estão retirando seus funcionários do país, enquanto a Total afirmou que todas as medidas foram tomadas para garantir a segurança de seus empregados.