A CSAV fechou acordo com a Zodiac Maritime para contratos de afretamento para uma série de navios com capacidade nominal para 9 mil Teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). O acordo é válido por oito anos e tem custo diário avaliado em US$ 44 mil.

A Zodiac encomendou quatro porta-contêineres de 9 mil Teus da Daewoo Mangalia, na Romênia, com opção para mais quatro unidades. Além disso, o armador tem mais quatro navios adicionais de 6.600 Teus encomendados com a Hanjin Heavy Industries e que ainda não foram finalizados.

O acordo com a Zodiac foi consolidado pelo conglomerado chileno Grupo Luksic, novo acionista da CSAV. A subsidiária do Grupo Luksic, a Quiñenco, recentemente aumentou sua parcela de propriedade na CSAV de 10% para 18% e as condições do mercado também são esperadas para se recuperarem a tempo de os navios serem entregues, entre dois e três anos.

No primeiro trimestre de 2011, a CSAV registrou um prejuízo líquido de US$ 186 milhões, em comparação ao déficit de US$ 38,4 milhões correspondente ao mesmo perãodo de 2010, dadas as altas taxas de afretamento e o custo do combustível cada vez maior.

Os embarques do primeiro trimestre deste ano tiveram alta de 37%, chegando a US$ 1,5 bilhão, refletindo os resultados da expansão da frota da CSAV, com 877 mil Teus movimentados. Mas a baixa nas taxas de afretamento afetou os lucros da companhia, depois do problemático ano de 2009. Acionistas alemíes da CSAV tomaram um pedaço da CSAV para si em troca de taxas de afretamento mais baixas, como parte de um programa de reestruturação de US$ 770 milhões.

Em 2010, o armador voltou ao breakeven com um lucro de US$ 170 milhões em comparação com a perda de US$ 656 milhões em 2009, apoiado em taxas de afretamento mais baixas para inflar sua frota e sair do 16º para o oitavo lugar entre as maiores companhias em termos de capacidade. Atualmente, a CSAV tem uma frota de 112 navios, dos quais 108 são afretados.