Milton Tito, diretor do Sindicato dos Agentes Marítimos do Rio (Sinda-Rio), revela uma preocupação de empresários com recente decisão da Receita Federal do Brasil. Segundo a Receita, os portos e terminais deverão ter equipamentos para detecção de cargas suspeitas, os scanners. A medida é extremamente positiva para o comércio mundial, mas a Receita determina que o custo seja arcado pelos terminais. E cada scanner custa R$ 11 milhões.
É comum os governos adotarem decisões modernas, mas arcadas pelo setor privado. No entanto, como o estado brasileiro mostrou uma enorme pujança nos últimos anos – duplicando o número de representações diplomáticas no exterior, contratando mais pessoal, criando ministérios insignificantes – cada transferência de ônus deve ser contestada.
Como é comum, a decisão veio através de Medida Provisória e não por debate no Congresso.