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Clippings - 17/09/24

Decea e Brava Energia estudam parceria para a Bacia de Campos

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo e a companhia estão avaliando uma parceria para a realização de manutenções, atualizações e modernizações de equipamentos e infraestrutura na região de “Campos Sul”

Foto: Divulgação Força Aérea Brasileira (FAB)

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e a Brava Energia estão estudando uma parceria para a realização de manutenções, atualizações e modernizações de equipamentos e infraestrutura na região de “Campos Sul”, na Bacia de Campos, segundo informações do Decea apuradas pela Brasil Energia.

Essa parceria, ainda em estágio inicial, deverá ser formalizada por meio da elaboração e assinatura de um “Acordo de Cooperação” com vigência inicial até 2030. Além do Decea e da Brava Energia, as empresas Nav Brasil (estatal, prestadora de serviços de navegação aérea) e a Petrobras também fazem parte da iniciativa.

Uma das atividades previstas pela parceria é a instalação de novos equipamentos de navegação aérea, como sistemas de vigilância, comunicação e meteorologia, em embarcações como os FPSOs Atlanta e 3R-3 (antiga P-63), “o que proporcionará maior cobertura e precisão na navegação aérea, otimizando as rotas e procedimentos para voos”, informou o Decea em comunicado.

“Este projeto é único, desafiador, duradouro e eficiente, e visa atender principalmente a região das bacias petrolíferas conhecida como Amazônia Azul”, afirmou Marcus Luiz Pogianelo, tenente-coronel especialista em Controle de Tráfego Aéreo, também segundo o comunicado.

O FPSO Atlanta vai operar no campo de Atlanta, no pré-sal da Bacia de Santos. A unidade, que possui capacidade para processar até 50 mil bpd e estocar 1,6 milhão de barris de petróleo, recebeu a licença de operação do Ibama na semana passada, mas o início da operação ainda depende da autorização da ANP.

Já o FPSO 3R-3 opera no campo de Papa-Terra, em águas profundas da Bacia de Campos, em conjunto com a 3R-2 (antiga P-61), que é do tipo Tension Leg Wellhead Platform (TLWP). O cluster foi adquirido pela 3R Petroleum do plano de desinvestimentos da Petrobras em julho de 2021.

No início deste mês, a companhia paralisou a operação em Papa-Terra à pedido da ANP, que também solicitou informações sobre a campanha realizada na plataforma. A Brava Energia é resultado da fusão entre 3R Petroleum e Enauta, conforme anunciado pelas companhias no início deste ano. A fusão foi concluída em julho.

Essas atividades entre Decea, Brava Energia e outras empresas fazem parte do Programa Sirius, mais especificamente do empreendimento PFF-008 (Evolução dos Serviços de Navegação Aérea nas Bacias Petrolíferas – Áreas Oceânicas), que é coordenado pelo CINDACTA II (Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) e gerenciado pelo tenente-coronel Pogianelo.

Dentre os diversos objetivos, estão o incremento da segurança operacional e a estruturação do espaço aéreo na Bacia de Santos, bem como a integração entre as bacias de Campos, Campos Sul, Santos e Espírito Santo, “visando atender a crescente demanda offshore e o desenvolvimento desta estratégica região econômica do pré-sal”, segundo informações do CINDACTA II.

O voo de longo alcance com uma aeronave civil remotamente pilotada (RPA) anunciado pela Petrobras em julho deste ano também faz parte do Programa Sirius. O voo contou com a colaboração do Decea, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Nav Brasil e da Omni Táxi Aéreo.

Fonte: Revista Brasil Energia