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Newsletter - 11/08/09

DEMANDA FUTURA DE OFICIAIS PARA MARINHA MERCANTE EM POLÊMICA

O Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar) contratou com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) estudo técnico denominado “Projeções e cenários para o mercado de oficiais de marinha mercante até 2013”. A principal conclusão do estudo é que nada indica que haverá falta de mão de obra no setor nos próximos anos. Segundo o estudo, em 2009, o número de oficiais formados nas duas escolas de Marinha Mercante no Brasil Marinha e que estarão disponíveis para o mercado será de 368 profissionais. A conta considera que serão necessários 177 oficiais para tripular novas embarcações este ano e que a evasão total do mercado chegará a 90 profissionais, considerando-se afastamentos por morte, aposentadoria ou desistência. A necessidade de formação para este ano é de 267 pessoas, levando em conta a necessidade de atender novas embarcações e repor a evasão. Assim, a diferença entre formados e a necessidade de formação seria de 101 oficiais de marinha mercante em 2009. Esse número cai um pouco em 2010 e 2011 (90 e 86 profissionais, respectivamente), mas aumenta para 246 em 2012 e para 254 profissionais, em 2013, segundo o trabalho. Por outro lado, no ano passado, o sindicato dos armadores (Syndarma), contratou com a Universidade de São Paulo (USP) o estudo “Diagnóstico da Disponibilidade de Oficiais de Marinha Mercante de 2008 a 2013”. Este estudo indicou que a carência de oficiais deveria atingir 25% da demanda até 2010, o que contradiz a outra pesquisa. Para o Presidente do Sindmar o estudo contratado pelo Syndarma superestimou o número de novos navios previstos para entrar em operação, gerando assim a indicação de risco de falta de oficiais para atender os navios. Para o sindicalista, como as licitações da Transpetro para construção de petroleiros atrasaram, o cronograma de entrada em operação de novos navios foi estendido e assim o perfil de resultados altera bastante. Outra divergência apontada reside na taxa de evasão de oficiais nos próximos cinco anos. O estudo contratado pelo Sindmar considerou que esta taxa seria de 26,42%, tomando-se por base os formando de 2005 e sua evasão em relação a 2008. O estudo contratado pelo Syndarma, por sua vez, considera que esta taxa é de 60%. Por ser muito recente o novo estudo, o Syndarma ainda não pode apresentar os seus comentários. De acordo com dados do Sindmar, havia, em 2008, 3.217 oficiais ativos no Brasil, podendo este número aumentar um pouco mais em função de possivelmente haver cerca de 200 oficiais que não tem registro cadastral.