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Clippings - 03/07/25

Demanda por reparo e docagem será de R$ 7,6 bilhões nos próximos 5 anos

Levantamento do MPor junto a agentes setoriais projeta em torno de R$ 5 bilhões dos financiamentos com recursos do FMM para esses serviços no período vão para projetos do segmento de apoio marítimo

O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), gestor do Fundo da Marinha Mercante (FMM), identificou uma demanda futura de R$ 7,6 bilhões por reparos e docagens nos próximos cinco anos. De um total de 1.836 obras estimadas, R$ 5 bilhões correspondem a 319 projetos de apoio marítimo (65,4%), R$ 1,5 bilhão são referentes a 1.350 projetos para navegação interior (19,4%), R$ 971 milhões para apoio portuário (62 projetos) e quase R$ 80 milhões para cabotagem/longo curso.

O transporte de passageiros, que hoje tem poucos pedidos de financiamento na carteira do FMM, aparece com 100 projetos, que somam R$ 110 milhões, representando 1,4% do total. O levantamento do MPor teve como base dados enviados pelos sindicatos, Transpetro e entidades setoriais que representam os principais segmentos da navegação, como a Abac (cabotagem), Abani (navegação interior), Sindiporto (apoio portuário) e Syndarma/Abeam (apoio marítimo).

O ministério contabilizou, até maio de 2025, 163 projetos vigentes de reparo e docagem priorizados pelo conselho diretor do fundo setorial (CDFMM) que totalizam R$ 1,4 bilhão e estão em processo de contratação do financiamento. A maior parte é de serviços de apoio marítimo: 82 projetos que somam R$ 1 bilhão. Outros R$ 296 milhões são referentes a 16 projetos de reparo e docagem no segmento de apoio portuário, enquanto R$ 48,6 milhões são destinados a esses serviços na navegação interior (62 projetos) e R$ 22,8 milhões na cabotagem ou longo curso (3 projetos).

De acordo com o ministério, somente 59 obras de reparo, docagem e manutenção foram entregues no ano passado. O coordenador geral de fomento do MPor, Fernando Pimentel, ressaltou que, como existe um gap temporal entre a aprovação e a contratação do crédito junto aos agentes financeiros do FMM, muitos projetos são contratados no ano seguinte à obtenção da prioridade.

Em 2024, o Conselho Diretor do FMM priorizou R$ 564,8 milhões para reparo e docagem. No mesmo ano, foram efetivamente contratados R$ 803,4 milhões para essas atividades e outros R$ 454,6 milhões foram liberados, segundo o balanço do CDFMM. “Prevemos que em 2025 e 2026 começaremos a ter crescimento nesses valores”, projetou Pimentel, que participou, nesta quarta-feira (2), do workshop ‘Reparo e Manutenção Naval no Brasil’, promovido pelo Sinaval e pela Abeemar, no Rio de Janeiro (RJ).

Fonte: Revista Portos e Navios