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Clippings - 01/10/09

Desembolsos do BNDES devem somar R$ 100 bi até setembro

Depois de fechar os ultimos oito meses do ano com desembolsos acumulados de R$ 84,2 bilhões, como divulgou ontem, o BNDES deve alcançar R$ 100 bilhões em setembro e fechar o ano com liberações de recursos superiores a R$ 106 bilhões, adiantou Gabriel Visconti, chefe de orçamento da diretoria de Planejamento do banco.

Até agosto, o BNDES aprovou financiamentos de R$ 98,7 bilhões em novos projetos, enquadrou R$ 127,9 bilhões e recebeu consultas, que sinalizam a disposição futura do empresariado de investir, no total de R$ 161,7 bilhões.

Visconti disse que os dados de desempenho do banco neste início de segundo semestre indicam que as expectativas começam a se concretizar em relação às sensíveis melhorias da economia brasileira. Segundo ele, no primeiro semestre os números eram menos otimistas e principalmente as consultas foram negativas no início do ano, até começarem a reverter a tendência.

A reviravolta está se concretizando neste terceiro trimestre. No quarto, os números serão melhores ainda em relação ao desembolso. Acreditamos que vamos superar os R$ 106 bilhões, meta fixada pelo banco para 2009, previu. Segundo ele, os projetos em infraestrutura e indústria estão respondendo por 80% dos desembolsos do banco.

Até agosto a indústria recebeu R$ 60,3 bilhões da instituição de fomento, enquanto a infraestrutura levou R$ 41,8 bilhões. A infraestrutura tem PAC no meio. Até agosto o banco liberou R$ 33,8 bilhões para obras do PAC, informou Visconti. Para o setor de energia elétrica foram liberados R$ 5,3 bilhões incluindo recursos para as hidrelétricas e Jirau e Santo Antonio, no rio Madeira.

Na área de petróleo e gás foram desembolsados R$ 25,5 bilhões, sendo R$ 5,3 bilhões dos R$ 25 bilhões emprestados pelo banco à Petrobras. A maior parcela dos recursos destinados ao plano de investimento da estatal foi dirigida à indústria química e petroquímica, que recebeu, até agosto, R$ 19,3 bilhões, contou o chefe de orçamento da diretoria de Planejamento do banco.

O técnico do BNDES comentou que a indústria, que adiou muitos projetos de investimento no início do ano em função da crise, está alterando este comportamento e agora no terceiro trimestre está desengavetando o que passou para cima da mesa e o que estava em cima da mesa começou a andar. Os setores industriais que estão investindo mais, à exceção do de química e petroquímica que teve liberações acima da média por causa da Petrobras, são os de alimentos e bebidas, que receberam R$ 4,1 bilhões do banco até agosto, o setor de papel e celulose, que levou R$ 3,1 bilhões, e o de metalurgia, com R$ 3 bilhões.

As consultas também tiveram destaque no acumulado de oito meses. Dos R$ 161,8 bilhões de consultas recebidas, 50% foram pedidos de crédito para a indústria, 30% para a infraestrutura e 20% para os demais segmentos. Além disto, Visconti destacou que os programas anticíclicos implementados pelo BNDES, como o PSI, de apoio ao setor de bens de capital, e o PEC, de capital de giro, já atenderam a demandas de R$ 12 bilhões cada um, até agosto.