O destino da Quattor, o segundo maior grupo petroquímico do País, formado da associação entre a Unipar (60%) e a Petrobrás (40%), deve ser decidido até o começo de dezembro. O acordo que está sendo costurado com a Braskem, líder do setor, pode mudar mais uma vez o desenho da petroquímica nacional. O negócio deve sair até o começo de dezembro, a menos que a Petrobrás acelere o cronograma, afirmou uma fonte ligada às negociações.
Oficialmente, não há informações sobre as conversas. O diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, declarou: Não estamos avaliando nada no momento, mas estamos atentos. Se for interessante para a Petrobrás podemos aumentar a participação.
Ex-presidente da Petrobrás, o conselheiro do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) Armando Guedes acredita que a capitalização que está sendo avaliada na Quattor visa encorpar a empresa para que ela seja uma das principais sócias do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Os controladores da Quattor estariam analisando outras alternativas, mas a considerada mais viável é a união da empresa com a concorrente Braskem. A Petrobrás seria uma das interessadas na união. Sócia da Braskem e da Quattor, com participação de 31% e 40% do capital respectivamente, a estatal mudou sua posição diante dos efeitos da crise econômica.
Diante da queda da demanda mundial por insumos petroquímicos, a receita da Quattor encolheu e ela foi obrigada a interromper linhas de produção. Se no final de 2008 o presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, afirmava que a intenção era tornar as duas empresas equânimes, agora a preocupação é manter a viabilidade das operações da Quattor em um cenário de maior competitividade global.