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Clippings - 01/08/24

Dome mira em novos negócios, inclusive na Margem Equatorial

A empresa está disposta a atender diretamente as petrolíferas. Oportunidades devem surgir ainda neste ano, com o lançamento de licitações pela Petrobras e Trident para a contratação de novos fornecedores.

Base logística da Dome no Porto do Açu (Foto: Dome)

A Dome, empresa especializada na prestação de serviços logísticos para atividades submarinas, localizada no Porto do Açu, no Norte Fluminense, planeja investimentos para acompanhar o crescimento do mercado. O primeiro passo é o de adequação da infraestrutura para atender a demanda direta das empresas petrolíferas. Mas, de olho no futuro do setor, a companhia mira também a Margem Equatorial.

O presidente da Dome, Diego Mendonça, antecipou que já aguarda o lançamento de, pelo menos, dois editais de contratação no segundo semestre deste ano – pela Petrobras e pela Trident Energy. Ele conta que a Petrobras realizou algumas apresentações virtuais a possíveis fornecedores, em que demonstrou uma projeção de mais de US$ 11 bilhões de gastos com projetos de descomissionamento até 2028.

Uma parcela relevante desse trabalho vai ser realizada por embarcações de apoio, que recolhem linhas submarinas e transportam os equipamentos para um terminal portuário, onde são preparadas para o descarte. A estatal pretende fechar um único contrato para isso e a Dome quer entrar na disputa.

“Estamos trabalhando para apresentar preço nesse sentido. Naturalmente, em parceria com um armador ou até um instalador, que tenham essa expertise. Mas a nossa intenção é apresentar proposta como contratado principal”, ressaltou Mendonça.

O descomissionamento submarino é uma das novas possibilidades de negócio para o qual a Dome se prepara. A outra é o atendimento a um pool de recursos geridos pelas petrolíferas. Entre os recursos estão embarcações e bases, da Petrobras, por exemplo. “Nossa intenção é ser uma base de apoio de carregamento. Mas não atenderíamos diretamente em instalações submarinas, porque não é o nosso perfil”, antecipa o CEO da Dome.

Atualmente, a empresa tem em seu portfólio de clientes, principalmente, empresas de engenharia instaladoras de equipamentos submarinos, como a TechnipFMC e a Subsea 7. As bacias de Campos e Santos são, naturalmente, áreas de interesse direto. Mas os planos não se restringem a elas.

“A gente percebe que até mesmo o atendimento à Margem Equatorial, sob o ponto de vista de EPCs e submarinos, tem tudo para acontecer por aqui (pelo Sudeste) também. Uma base de apoio logístico para produção, em que há uma ida e vinda constante de embarcações por um longo período, é diferente de uma base de instalação para um projeto de poucos anos. Neste caso, o custo logístico não é tão relevante ao ponto de justificar o desenvolvimento de uma cadeia fornecedora na região Norte do país”, afirmou Mendonça.

Ele diz perceber que os seus clientes avaliam a possibilidade de atender a Margem Equatorial a partir do Sudeste.

Desde 2020, a Dome tem crescido anualmente 30% e a expectativa é continuar nesse ritmo até 2028. No ano passado, o faturamento total da empresa foi de R$ 160 milhões e deve ficar em R$ 200 milhões. A expectativa é chegar a mais de R$ 500 milhões em 2028.

“Esse crescimento já é fato. Não é para inglês ver. A gente já provou, nos últimos três anos. Temos contratos firmados de R$ 1,5 bilhão. Mas, somente esses contratos não são suficientes para que a gente atinja a meta de 2028. A gente precisa trabalhar no desenvolvimento de novos negócios”, ressaltou.

Para atingir os objetivos, a Dome prevê conquistar de um a dois projetos de descomissionamento para o horizonte até 2028. Além disso, um contrato de base logística para o atendimento à Petrobras e a expansão de novos negócios com os grandes instaladores submarinos. Mais um contrato de longo prazo já está para sair do papel.

Num cenário de aquecimento do mercado, a Dome tem também aumentado os valores das suas tarifas, proporcionalmente ao crescimento das tarifas diárias cobradas pelas empresas de barco de apoio.

Fonte: Revista Brasil Energia