Atracou no cais do Porto Novo, na última quarta-feira, a draga Copacabana, que executará o serviço de dragagem de manutenção continuada do canal de acesso ao porto rio-grandino, em diferentes áreas, por um prazo de cinco anos. Ontem, a proprietária da draga começou a providenciar licenciamento e vistoria junto à Capitania dos Portos do Rio Grande do Sul e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para posteriormente iniciar a dragagem. A perspectiva é de que os serviços comecem a ser executados amanhí, 8. O investimento do governo do Estado será de R$ 76,7 milhões nos cinco anos, sendo esse o maior volume de recursos já aplicados na dragagem de manutenção no porto gaúcho.
O superintendente do Porto, Janir Branco, acompanhado dos diretores Administrativo e Financeiro, Daniel Silveira, e técnico, Carlos Renato Rodrigues, esteve visitando a draga na quarta-feira. Na ocasião, ele foi recebido pelo comandante da draga, Olavo Correa Filho, e deu boas-vindas à tripulação, que é composta por 28 pessoas. Branco destacou, na oportunidade, que a dragagem continuada por um prazo de cinco anos é inédita no porto rio-grandino e que trará tranquilidade aos operadores portuários e segurança à navegação. Durante cinco anos, o porto terá seu calado garantido, não sofrendo nenhum tipo de restrição quanto à profundidade. Além disso, sua imagem no mercado internacional, principalmente entre os grandes armadores, será reforçada positivamente tornando-o ainda mais competitivo, salientou o superintendente.
No primeiro ano de trabalho, estima-se que o volume a ser dragado para manutenção do calado do porto gaúcho seja de 2,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos e para os quatro anos sequentes, estima-se que seja removido 1,5 milhão de metros cúbicos por ano, devido ao assoreamento natural. Somente em 2009 serão investidos R$ 29,7 milhões e para os próximos quatro anos será aplicado um total de R$ 47 milhões. A dragagem iniciará pela bacia de evolução do Porto Novo, garantindo o calado de 31 pés ao cais público. A Copacabana, pertencente à empresa Bandeirantes Dragagem e Construção Ltda, do Rio de Janeiro, é dotada de sistema de posicionamento eletrônico tipo DGPS e software específico de dragagem, tem classificação de navegação irrestrita (Alto Mar/Off-shore) e capacidade de cisterna de cinco mil metros cúbicos.
A classificação de Alto Mar faz-se necessária devido ao fato de a disposição do material dragado ser efetuada em alto mar, numa distância mínima de 12 milhas da costa. A draga, que possui 114,25 metros de comprimento, 18 metros de boca e capacidade para dragar profundidades de até 25 metros, já atuou nos portos de São Francisco do Sul, Imbituba e Sepetiba. O último porto em que trabalhou foi o de Itajaí, de onde partiu para Rio Grande na última segunda-feira, às 20h.(Fonte: Jornal Agora/Rio Grande,RS)