O governo federal quer aproveitar o Programa de Dragagem (PND) para ressuscitar o setor, que atua com uma empresa

Brasília A exemplo do que planeja para a indústria do petróleo e da construção naval, o governo quer aproveitar o Programa Nacional de Dragagem (PND) para ressuscitar o setor de dragagem no País. Atualmente, apenas uma empresa, a Bandeirantes Dragagem atua no mercado. As demais fecharam por falta de contratos.

Todas as demais empresas que surgiram nos últimos dois anos são braços de empresas estrangeiras. O setor é dominado por companhias belgas e holandesas, além de chinesas. Todas disputam as licitações do PND. O objetivo do Programa é estimular empresas de capital nacional. O Brasil não pode ficar refém de empresas estrangeiras num campo estratégico para a economia, disse o ministro da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito.

Para incentivar a indústria nacional, o PND prevê que, depois de aprofundar os canais, os vencedores das licitações devem cuidar da manutenção da obra por até seis anos. Até a aprovação da lei, em dezembro de 2007, os contratos não previam a continuidade do serviço.

Segundo Brito, grandes empreiteiras, como Norberto Odebrecht, Camargo Corrêa e Mendes Junior já começam a se interessar pelo negócio.