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Clippings - 05/10/09

Edital de dragagem sairá no dia 8

Ministro da SEP anuncia dragagem de São Francisco do Sul, logo após avanços nos processos de Rio Grande e Santos, mas Centronave considera resultados insuficientes.

Em visita a São Francisco do Sul no dia 1º, o ministro da SEP (Secretaria Especial dos Portos), Pedro Brito, informou que o edital para a dragagem do porto, que expande a profundidade de 10,5 metros para 14 metros, deverá ser publicado no próximo dia 8.

Brito participou da cerimônia de inauguração de parte das obras de ampliação do TESC (Terminal Santa Catarina S/A), que opera no porto catarinense. As obras em andamento no complexo portuário exigiram recursos de R$ 150 milhões e serão responsáveis pela elevação da capacidade do complexo para 300 mil Teus (unidade de medida que equivale a um contêiner de 20 pés) em 2010.

As mudanças abrangem prolongamento, reforço, ampliação e dragagem do berço e a instalação de novos equipamentos como guindastes móveis. Quando finalizadas as obras, o terminal disporá de mais de 380 metros de cais acostável com 52 metros de largura, com calado de, no mínimo, 12 metros. O terminal também recebeu 520 tomadas para contêineres refrigerados.

Na ocasião, o ministro da SEP enfatizou que o Governo Federal está injetando via PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) cerca de R$ 110 milhões nos portos de Santa Catarina. Ele admitiu, no entanto, que o acesso rodoviário ao Porto de São Francisco do Sul pela rodovia BR 280 é incompatível com a movimentação portuária e requer melhorias imediatas, que estão entre as prioridades do Governo.

A despeito dos recentes anúncios de dragagem nos portos de Santos, Rio Grande e agora São Francisco do Sul, o Centronave (Centro Nacional de Navegação), entidade que reúne no Brasil as 30 maiores companhias de navegação global, afirma que mesmo com a decisão política de investir R$ 1,5 bilhão nas obras emergenciais de dragagem dos 17 principais portos do País ter sido tomada em 2007, os resultados até agora são pífios.

Na opinião da associação, apesar do forte empenho do ministro Pedro Brito, os trabalhos não deslancham devido ao excesso de burocracia, a problemas de licenciamento ambiental e até mesmo por irregularidades nos contratos das empresas responsáveis pelo serviço, como no caso de Itajaí (SC).

Segundo o diretor-executivo do Centronave, Elias Gedeon (na foto), por falta de profundidade, os portos nacionais não são capazes de receber os grandes porta-contêineres que garantem economia de escala e reduzem custos operacionais. Enquanto portos europeus, americanos e asiáticos recebem navios com capacidade para 13 mil contêineres, os terminais brasileiros só podem receber cargueiros de até 6 mil contêineres.

Sem aprofundamento e manutenção periódica dos canais de navegação, o número de operações e a capacidade dos navios têm que ser reduzidas, o que compromete a competitividade da cadeia produtiva nacional. Este é mais um componente do custo Brasil, pondera Gedeon.