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Clippings - 03/08/11

EDP negocia compra de nove parques eólicos no Nordeste

Apesar de venda de ações, grupo ainda quer crescer em geração e seguir investindo no País.

A EDP Brasil quer continuar crescendo no País e, para isso, está negociando a compra de nove parques eólicos no Nordeste. Segundo um nome próximo às negociações, os empreendimentos estão no mercado e foram viabilizados por leilões de energia. A fonte garantiu que, apesar da recente venda de ações da companhia, feita pela matriz portuguesa, a EDP continuará forte no País, com foco no crescimento em geração. Aliás, quem participou da compra de ações fez um ótimo negócio, apostou o interlocutor. Quem precisava de dinheiro era o governo de Portugal, e não a EDP, ressaltou.

Apesar da vontade, sempre manifestada por seus diretores, de expandir o parque gerador, a EDP não tem ido com força aos leilões de energia promovidos pelo governo. De acordo com a fonte ouvida pelo Jornal da Energia, a avaliação é de que os certames, principalmente na área de parques eólicos, têm atraído para a disputa empresas aventureiras, de fora do setor, o que distorce os preços. A EDP não é assim, ela tem um pensamento de trinta anos (para a frente), pontuou o executivo.

A estratégia apontada pela fonte vai de encontro aos últimos passos da EDP, que, apesar de não ter saído vencedora em nenhum dos leilões de energia mais recentes, comprou o parque eólico de Tramandaí (RS, 70MW), viablizado pelo Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa) e a hidrelétrica de Santo Antonio do Jari (PA e AP, 373,4MW), que vendeu energia no último leilão A-5.

leilão
Consolidando a posição de pouca participação nos leilões do governo, a gestora executiva da EDP, Maitê Albuquerque, explica que os projetos da companhia na área de eólicas não seriam eficientes no atual sistema de concorrência do país. A maioria dos nossos projetos está na região Sul, com fator de capacidade que não chega a 50%. Por isso, não conseguem ser tão competitivos. A executiva ressalta também que há alguns projetos de PCHs em estudo, mas ainda sem definições.

Pecém
Em relação à termelétrica de Pecém (720MW), no Ceará, o diretor de finanças e relações com investidores da EDP, Miguel Amaro, afirma que a expectativa é de que a autorização comercial para funcionamento da usina saia em dezembro deste ano.

Está tudo pronto, já começaram os testes e ensaios, e agora se inicia um trabalho com um pouco mais de rigor. As obras, segundo a empresa, estão na reta final, faltando apenas a montagem e uma parte do sistema de controle. O carvão, inclusive, já chegou da Colômbia e está sendo transportado para o parque. A usina está sendo construída em conjunto com a MPX.