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Clippings - 30/12/10

Eficiência no mar

Eufórico com a vitória de Dilma Rousseff para comandar o Brasil a partir de janeiro, o presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Naval (Sinaval), Ariovaldo Rocha, cita que, antes, nenhum governo destinou tantos recursos e deu tanta voz à construção naval. Ele admite o extraordinário êxito do setor nos últimos anos, mas não quer deitar sobre os louros. Afirma que a sustentabilidade da atividade só virá com a exportação.

– Os estaleiros tiveram grande sucesso na década de 70 e depois entraram em crise. Não queremos que isso se repita e achamos que a exportação é que nos dará plena eficiência e garantia de mercado mais amplo – destaca Rocha.

Para ele, essa sustentabilidade virá do chamado Triângulo de Ouro, formado pelo próprio Brasil – com o pré-sal – mais Golfo do México e costa Oeste da África. As encomendas do mercado interno praticamente garantem os estaleiros até 2020, mas antes disso já se planeja ação visando a ativas vendas externas.

Em relação aos preços praticados no mercado interno, Rocha tem dois argumentos. O primeiro é o de que, através do sistema de suporte do Fundo de Marinha Mercante, o valor pago pelos armadores é compatível com o mercado mundial. O segundo é que a construção naval quase fechou as portas e sua recuperação tem um custo inicial que não pode ser esquecido; portanto, os navios presentemente encomendados têm custo maior para suas primeiras unidades e valores descendentes para os seguintes.

Lembra que, em 2002, a construção naval somava 1.900 empregos, nos estaleiros Eisa e Promar Niterói (hoje STX) e que não havia perspectivas e, portanto, o número fatalmente chegaria a zero. Hoje, há 238 obras em execução e as encomendas em carteira somam US$ 6 bilhões. Para o fim de 2011, Rocha estima carteira de encomendas próximas a US$ 10 bilhões.