O replanejamento dos serviços das companhias de linha está começando a ter um impacto no mercado de afretamento. A transportadora chilena CSAV acaba de retornar porta-contêineres panamaxes afretados para o mercado, seguindo a suspensão de dois serviços para a costa leste dos Estados Unidos.
A CSAV justificou a parada do serviço pela baixa rentabilidade, dado o significativo declínio nas taxas de frete e o aumento dos preços de bunker.
A Hyundai Merchant Marine fretou Northern Promotion – embarcação construída em 2010 com capacidade para 4.600 Teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) – em contrato de dois anos, pelo custo diário de US$ 29 mil, enquanto a OOCL está pagando US$ 28.550 por dia pelo Mare Atlanticum – navio construído em 2000 com capacidade para 3.987 Teus -, pelo mesmo perãodo.
O broker norte-americano Breamar Seascope está cético com relação aos efeitos da alta no número de sublocação: Se essas sublocações conseguirão administrar taxas charters mais altas ou simplesmente ajudar a aliviar o setor por meio de redistribuição entre as companhias é o que ainda precisamos avaliar, afirmou a companhia por meio de declaração oficial.
A atividade geral do mercado se acalmou bastante na última semana, de acordo com os brokers. A preocupação com a tragedia no Japão e seus efeitos ainda tem provocado algumas nuvens sobre o mercado. Além disso, o desenvolvimento das taxas de afretamento tem preocupado as transportadoras, com as taxas chegando a US$ 1.000 por Teu no trade Ásia-Europa na semana passada.