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Clippings - 18/06/25

Empresas comemoram aquisições de áreas exploratórias em leilão

Petrobras, Shell e Equinor disseram que ofertas bem-sucedidas no 5º Ciclo da OPC da ANP confirmaram suas estratégias de negócio, como repor reservas ou consolidar posição no mercado de exploração e produção de óleo e gás do país

Dos 34 blocos arrematados, 33 são offshore (Foto: Divulgação)

As empresas vencedoras do 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão comemoram as aquisições de novas áreas de exploração de petróleo e gás para ampliar seus portfólios no Brasil. Petrobras, Shell e Equinor destacaram o sucesso das suas ofertas na estratégia de crescimento do negócio no país.

A Petrobras foi a empresa que mais adquiriu blocos no leilão, 13 no total, sendo dez na Bacia Foz do Amazonas e três na Bacia de Pelotas, todos em parceria com a ExxomMobil, como operadora ou consorciada. O valor do bônus de assinatura a ser pago em outubro de 2025 pela companhia é de cerca de R$ 139 milhões.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou o sucesso da estratégia da empresa de buscar áreas em nova fronteiras. “Conseguimos arrematar as áreas que eram nossas prioridades, oferecendo valores de bônus dentro das nossas premissas econômicas. Estamos satisfeitos com o resultado do leilão. Com esse resultado e com a continuidade das nossas atividades exploratórias, inclusive na Margem Equatorial e na Bacia de Pelotas, persistimos otimistas em relação às nossas possibilidades de recomposição de reservas de petróleo e em relação à garantia da segurança energética do Brasil”, afirmou Chambriard.

Em comunicado divulgado após o leilão, a empresa disse que atuou seletivamente no leilão de forma a assegurar a incorporação de quase 9.600 km2 e que sua participação está alinhada à estratégia de longo prazo da companhia e fortalece o seu perfil de principal operadora de campos de petróleo localizados em águas ultra profundas, potencializando a recomposição de reservas para o futuro da companhia.

A Shell Brasil, que arrematou sozinha quatro blocos na Bacia de Santos e pagou R$ 21 milhões de bônus de assinatura, disse que a decisão de participar da rodada da ANP reflete a confiança da empresa nas oportunidades apresentadas e sua capacidade como operadora em exploração e desenvolvimento em águas profundas.

“As novas aquisições estão alinhadas à nossa estratégia de fortalecer ainda mais nosso atual portfólio de águas profundas no Brasil, já competitivo e de alta qualidade”, celebrou Cristiano Pinto da Costa, presidente da Shell Brasil. “O país continua sendo um mercado estratégico para a Shell, e temos orgulho de continuar contribuindo com nossa expertise técnica e excelência operacional”, acrescentou.

A Equinor, que arrematou um bloco na Bacia de Santos com 100% de participação e bônus de assinatura de R$ 30,5 milhões, destacou a aquisição para consolidação da sua posição na região. O bloco arrematado está localizado a 60 quilômetros de outro ativo exploratório que possui na bacia.

Segundo a empresa, esta é uma adição ao seu portfólio de oportunidades existentes no Brasil e demonstra o compromisso contínuo e sua ambição de crescimento no país

“Estamos satisfeitos com o nosso sucesso na rodada de licitações de hoje, garantindo uma nova oportunidade de exploração no Brasil – um país-chave em nosso portfólio internacional. A concessão está localizada próxima ao bloco S-M-1378, que já possuímos, uma área com grande potencial que podemos aproveitar para reforçar nossa posição na Bacia de Santos. Essa outorga nos oferece opções de longevidade no Brasil e demonstra nosso compromisso contínuo no país e interesse em crescer localmente”, afirmou Veronica Coelho, presidente da Equinor no Brasil.

Para o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, o valor recorde do bônus de assinatura total arrecado em todos os ciclos da OPC e o interesse pelas áreas de novas fronteiras evidenciou a importância do setor de óleo e gás para a economia brasileira.

“Num cenário geopolítico mundial desafiador, o resultado reforça a visão estratégica da indústria em continuar o processo de exploração de novas áreas em busca da reposição de reservas. Estes investimentos são fruto de um ambiente regulatório estável e do reconhecimento dos agentes do setor da necessidade de avançarmos com a produção de petróleo e gás sempre com segurança operacional e ambiental”, ressaltou Ardenghy.

O Instituto destacou que o leilão apresentou grande diversidade de empresas de diferentes portes, além de uma estreante que arrematou um bloco onshore na Bacia de Parecis, na região Centro-Oeste, referindo-se novata Dillianz Petróleo & Gas.

Fonte: Revista Brasil Energia