
Abac informou que suas associadas movimentaram 1.557 mil TEUs no ano passado, considerando operações domésticas, feeder e trade Mercosul
A Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem registrou movimentação de aproximadamente 1.557 mil TEUs no ano passado, um aumento de 19,8% em relação a 2023 (1.299 mil TEUs). A Abac ressaltou que os números de suas associadas indicam que 2024 foi um ano positivo para o modal, apesar das dificuldades oriundas da seca no Rio Amazonas, sentidas a partir do terceiro trimestre.
Considerando apenas a cabotagem — somatório das cargas domésticas com as feeder transportadas pelas associadas — o crescimento foi de 20,1%, sendo transportados 1.472 mil TEUs. Na avaliação da Abac, este crescimento foi fortemente alavancado pelas cargas feeder, que tiveram um aumento de 33,8%.

A Abac também verificou um reaquecimento do trade Mercosul em 2024, com um aumento de 14,5% em relação a 2023, totalizando 85.095 TEUs. A associação atribui essa mudança ao esforço das empresas em atender de forma diferenciada este mercado. Nos anos anteriores, o fim do acordo bilateral de transporte com a Argentina causou uma forte redução desta movimentação.
“Esse número ainda é bastante inferior ao ano de 2021, durante a vigência do acordo, em que somente neste segmento foram transportadas 341 mil TEU, porém uma sinalização positiva”, ressaltou o diretor-executivo da Abac, Luis Fernando Resano.
Perspectivas
Resano disse à Portos e Navios, que as perspectivas das empresas são positivas para 2025, inclusive sob a ótica da descarbonização e da eficiência operacional. “Além de continuarmos a investir no crescimento da cabotagem, teremos também questões ambientais cada vez mais fortes, que dependem de um novo modal para ser eficientes. E a cabotagem tem muito espaço para crescer mais ainda do que já vem crescendo”, afirmou.
Fonte: Revista Portos e Navios