O governo pleiteava era a aprovação de uma linha de créditos de R$ 4,5 bilhões anuais, para financiar 70% dos custos de estocagem do etanol, junto ao Conselho Monetário Nacional – e garantir o atendimento a uma demanda projetada de 1,9 bilhão de litros por mês, reduzindo as oscilações de preço.
A aprovação veio, contudo, outras linhas de crédito para esse fim foram criadas em outros anos e não emplacaram. O governo está confiante. Os empréstimos estão mais baratos desta vez. Em 2009 os juros estavam em 11,25% ao ano, agora, os produtores pagarão 8,7% ao ano.
O governo anunciou um pacote de R$ 60,5 milhões em medidas para os próximos quatro anos com o objetivo de levar o etanol aos patamares positivos de outrora – abastecer mais da metade da frota de veículos leves com etanol hidratado e misturar o anidro em 25% da gasolina.
Os investimentos em renovação dos canaviais, novas áreas de plantio e ampliação das atuais ocorrerão até 2015, por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) e poupança rural, segundo nota do Ministério da Agricultura. Procurada pelo NN, a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) preferiu não comentar as medidas e, por meio de sua assessoria, explicou que os investimentos não são novidade e já foram anunciados anteriormente.