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Clippings - 12/09/11

Entidades pedem cobrança de taxa de carbono para transporte marítimo

As entidades Oxfam e World Wide Fund for Nature estão pedindo que sejam cobradas taxas por emissão de carbono do transporte marítimo internacional, que eles alegam ser responsável por 3% das emissões globais. As organizações publicaram um relatório em conjunto que diz que o preço do carbono de US$ 25 por tonelada aumentaria o custo do combustível em cerca de 10% e custaria à indústria cerca de US$ 25 bilhões ao ano, o equivalente a cerca de 0,2% do total do valor do comércio mundial.

O documento também afirma que provavelmente haverá impactos indiretos nos padrões do comércio global, não menos importantes do que as mudanças no que diz respeito aos preços do combustível para a navegação e às taxas de frete durante as últimas duas décadas.

As entidades sugerem que o transporte marítimo internacional seria uma fonte relativamente fácil de receita para a UN GCF (United Nations Green Climate Fund), em comparação às constribuições diretas dos governos, que são motivos de restrições no orçamento e aprovação democrática. A opção mais promissora no curto prazo é arrecadar fundos do transporte marítimo internacional, afirmaram.

Eles dizem que a discussão deveria estar na programação da COP17 (17º UN Framework Convention on Climate Change), em Durban, em novembro e dezembro. Os governos fizeram promessas totalizando US$ 100 bilhões ao GCF no COP16 em Cancun, em dezembro passado, sem especificar de onde viriam os fundos.

O relatório se refere à adoção da Organização Marítima Internacional ao EEDI (Energy Efficiency Design Index), em julho, dizendo que seria um passo útil no processo de redução das emissões. No entanto, eles disseram que o EEDI reduziria as emissões do transporte marítimo em menos de 1% até 2020 e que o valor das emissões, ou o responsável pelas emissões, o combustível, seria o próximo passo necessário de ser dado.

Por outro lado, o texto diz que a taxa de carbono levaria a cortes significativos nas emissões do transporte marítimo, e citou o relatório de julho do Conselho Internacional do Transporte Limpo, sugerindo que poderia chegar a 33% até 2020, por meio de medidas negativas ou medidas técnicas de baixo custo.

Impôr o preço do carbono para navios – mesmo que inicialmente em um nível moderado -, mostrará aos armadores e operadores que eles devem internalizar os custos do carbono tanto no design quanto na forma de operar de seus navios, diz o relatório. Ele alega que a taxa de carbono sobre o transporte marítimo tem o apoio do governo da França, Alemanha e Médico, e que muitos players na indústria de transporte marítimo estão pedindo para que seja definido um preço para o carbono.

O relatório também pede à Organização Marítima Internacional para que aprove uma resolução confirmando a necessidade de cobrar um valor pelo carbono emitido no transporte marítimo, em sua assembleia em novembro. Outro relatório publicado na Lloyd`s List disse que os rendimentos das taxas seriam divididos entre a GCF e países emergentes, para compensá-los pelo aumento nos custos de importação, com base em sua participação na importação mundial via transporte marítimo.