A Empresa Pesquisa Energética – EPE finalizou parcialmente o processo de inscrição de empreendimentos para os Leilões de Reserva e A-3 de 2011. Cadastraram-se 568 projetos de usinas hidrelétricas (incluindo pequenas centrais hidrelétricas), centrais eólicas e termelétricas movidas à biomassa e a gás natural, que juntos somam uma oferta total de 23.332 MW de capacidade instalada.
Os dois leilões serão realizados pelo Governo Federal no segundo semestre do ano, com o objetivo de contratar energia elétrica para suprir o crescimento do mercado do Sistema Interligado Nacional – SIN no ano de 2014.
A maior parte dos 568 projetos inscritos na EPE se cadastrou para os dois leilões, sendo que o leilão de Reserva será exclusivamente voltado para as fontes eólica e biomassa. O leilão A-3, por sua vez, será aberto a todas as fontes cadastradas. O prazo para cadastramento na EPE se encerrou no último dia 4 de maio para todos os empreendimentos, a exceção dos projetos termelétricos a gás natural, que têm até o dia 19 deste mês para efetuarem inscrição. Os leilões serão realizados no mês de julho, em data ainda a ser definida.
No caso da fonte eólica, o volume de capacidade está dividido mais fortemente entre os estados do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Ceará e Bahia. Com relação ao gás natural, quase metade do montante inscrito está relacionado a projetos nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Na avaliação do presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, a grande quantidade de empreendimentos eólicos cadastrados para os leilões confirma o potencial de crescimento desta fonte no país, após a contratação de 4.698 MW nos certames realizados em 2009 e 2010. Já a oferta de projetos termelétricos a gás natural é reflexo, segundo Tolmasquim, das recentes descobertas de reservas de petróleo e gás natural.
“O cadastramento para os leilões de energia deste ano bate um recorde no número de potenciais candidatos a participarem da disputa. Isso mostra que o marco regulatório vigente no setor elétrico tem dado tranquilidade e segurança para os investidores”, observa o presidente da EPE, destacando ainda que a contratação de eletricidade através de leilões resulta no menor custo possível para o consumidor final.