Agora, com o recebimento da licença do Ibama, as equipes do projeto seguem para a instalação do trecho terrestre do gasoduto, de cerca de 4 km. O projeto Raia é operado pela Equinor no pré-sal da Bacia de Campos

A Equinor concluiu a instalação do trecho de 15 km de águas rasas do gasoduto Raia, informou a companhia em comunicado divulgado nesta segunda-feira (22). A estrutura de 200 km vai conectar o FPSO Raia à malha de transporte de gás próxima à Cabiúnas, na cidade de Macaé (RJ).
A instalação do trecho de águas rasas durou cerca de dois meses. Agora, com o recebimento do aval do Ibama, as equipes do projeto seguem para a instalação do trecho terrestre do gasoduto, de cerca de 4 km, que deverá ser implantado em uma faixa de dutos existente em Macaé, onde já estão instalados os dutos Enchovão e Rota 2.
“A conclusão da construção do trecho de águas rasas reforça a capacidade técnica do nosso time que, tendo segurança como prioridade, seguirá agora para as fases restantes: as instalações do trecho terrestre e de águas profundas até o FPSO”, afirmou Pedro Veronesi, gerente do Gasoduto Raia, segundo o comunicado.
O projeto Raia
A Equinor opera o projeto Raia com 35% de participação, em parceria com a Repsol Sinopec (35%) e a Petrobras (30%). O projeto contempla três descobertas encontradas no bloco BM-C-33 (Pão de Açúcar, Gávea e Seat), no pré-sal da Bacia de Campos, que contêm reservas recuperáveis de gás natural e óleo/condensado superiores a 1 bilhão de boe.
O conceito de desenvolvimento de Raia baseia-se na produção por poços conectados a um FPSO capaz de tratar o óleo/condensado e especificar o gás produzido. O FPSO terá capacidade para processar 126 mil bpd de óleo/condensado, enquanto a capacidade de exportação do gasoduto será de 16 milhões de m³/dia.
O gás especificado para venda será escoado por meio de um gasoduto offshore de 200 km, saindo do FPSO em direção a Cabiúnas, na cidade de Macaé. Já os líquidos serão descarregados por meio de navios aliviadores.
A decisão final de investimento (FID) do projeto, avaliada em US$ 9 bilhões, foi tomada pelo consórcio em maio de 2023. E, conforme publicado pela Brasil Energia, o primeiro óleo do projeto Raia está inicialmente previsto para o primeiro trimestre de 2028.
Fonte: Revista Brasil Energia