
O Ibama divulgou, na última quinta-feira (19/8), o mapa que aponta a localização dos projetos de geração de energia eólica offshore que estão em processo de licenciamento. Dos 23 empreendimentos, apenas um pertence a uma petroleira. Trata-se do complexo eólico Aracatu, da Equinor, que terá capacidade de geração de 4 GW.
Os parques Aracatu I e Aracatu II terão capacidade de gerar 2 GW cada, com potencial para ser elevado a aproximadamente 2,33 GW. Aracatu I será instalado no litoral do Rio de Janeiro e Aracatu II entre o Rio de janeiro e Espírito Santo.
O projeto consiste em 320 aerogeradores (160 por parque), cada um com capacidade de 12 MW a 16 MW e montado em uma fundação Monopile, com altura do cubo a 136 metros acima do nível do mar e diâmetro do rotor de 220 metros. A distância da costa é de apenas 20 km.
Ao redor do mundo
Dentro de sua estratégia, que prevê a geração de 4 a 6 GW a partir de fontes renováveis até 2026, a companhia norueguesa detém o maior parque eólico offshore do mundo, Dogger Bank, e o maior parque eólico offshore flutuante do mundo, Hywind Tampen, ambos no Mar do Norte; já no Mar Báltico, na porção polonesa, possui participação de 50% em três parques eólicos offshore (Baltyk I, Baltyk II e Baltyk III) junto com a Polenergia, com capacidade total somada que corresponde à 3 GW.
Em parceria com a britânica bp, está desenvolvendo os parques eólicos Empire Wind, com capacidade total de 2.1 GW (Empire Wind I e Empire Wind 2), e Beacon Wind, em New Tork (EUA), com 1.2 GW.
Projetos solares
A primeira usina solar do portfólio global da Equinor está no Brasil: o Complexo Solar Apodi, no Ceará, com capacidade de 162 MW. A empresa também possui planos para desenvolver uma usina solar de 480 MW no Rio Grande do Norte e outra no norte fluminense, no Porto do Açu, em 2022. Em Pernambuco, a Equinor e suas parceiras, Scatec e a Kroma Energia, planejam a decisão de investimento do projeto São Pedro e Paulo, com capacidade total de 101 MW, ainda em 2021.
A TotalEnergies, por sua vez, possui três plantas solares, localizadas em Dracena, no estado de São Paulo, e em Bom Jesus da Lapa, na Bahia, com 140 MWp em operação. Além das plantas solares em operação, a TotalEren possui 160 MW de plantas eólicas em construção – os projetos Terra Santa (92,3 MW) e Maral (67,5 MW), no estado do Rio Grande do Norte.
Já a Shell anunciou o seu primeiro projeto de energia solar no Brasil. De acordo com o termo de cooperação assinado com a Gerdau, o parque fotovoltaico Aquarii, que será instalado em Brasilândia de Minas (MG), fornecerá energia para as fábricas de aço da siderúrgica brasileira e para comercialização no mercado livre através da comercializadora de energia da IOC, a Shell Energy Brasil, a partir de 2024.
Fonte: Revista Brasil Energia