Um super porto que ao alcançar sua capacidade total, prevista para cerca de cinco anos, se tornará o maior complexo portuário da América Latina. Esta é a previsão do presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Ângelo Baptista, para o projeto de construção de um porto de contêineres em águas profundas, em Vitória. Para ele, o empreendimento é a saída para que o Brasil não fique fora do mercado internacional que já começa a trabalhar com navios de grande porte.

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O projeto deste super porto, idealizado pelos trabalhadores portuários do Espírito Santo, já foi “adotado” pela prefeitura da capital capixaba. De acordo com o prefeito João Coser, o novo porto “irá garantir a centralidade de Vitória no cenário portuário”.

Em Bruxelas, na Bélgica, uma comitiva do Espírito Santo apresentou, nesta segunda-feira (5), o projeto a empresários especialistas em logística portuária daquele país. O estado disputa com o Rio de Janeiro recursos financeiros para financiamento do complexo. O Porto do Açu, do megaempresário Eike Batista, também está em busca de parcerias na Europa.

Entretanto, o porto capixaba pode levar vantagem na conquista de parceiros. O presidente da Codesa diz que o super porto de contêineres sai na frente porque a localização escolhida para sua instalação – Ponta de Tubarão – conta com profundidade natural (de 16 a 23 metros) apropriado para os grandes navios. Enquanto isso, no Porto do Açu o alcance de uma profundidade propícia para as grandes embarcações demandará um avanço ao mar de cerca de quatro quilômetros, sem contar com o molhe de abrigo.