Após muito estresse – em que a Petrobras deixou vazar notícias de que iria optar por importações – a estatal anunciou formalmente que irá encomendar 21 navios-sonda no Brasil – o que totalizará 28, pois sete já foram consignadas ao estaleiro Atlântico Sul, de Pernambuco. Cada sonda custa em torno de US$ 600 milhões.
Informou a Petrobras que para cada unidade será assinado um contrato de afretamento com a licitante vencedora e outro de operação com empresa experiente em operação de unidades de perfuração marítimas. Será exigido conteúdo local mínimo de 65%.
A decisão, embora econômica, tem uma boa dose de conteúdo político. Como estatal emblemática, a Petrobras geralmente opta por construção no país, mas sofre com a valorização do real, que pode elevar o preço efetivo. Empresas privadas, como o Vale, estão encomendando dezenas de navios no exterior e o homem mais rico do Brasil, Eike Batista, trará do exterior tanto navios como plataformas.