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Clippings - 23/07/09

Estaleiros mantêm otimismo

Nos últimos meses, houve mais notícias em jornais do que efetivos contratos com estaleiros. O Sindicato da Indústria da Construção Naval (Sinaval) tem perspectiva de fechar, nos próximos anos, contratos para 338 obras – entre navios, barcos de apoio, plataformas, navios-sonda etc – no valor estratosférico de US$ 1 trilhão. As obras atuais são bastante relevantes: nada menos de 144 contratos estão em vigor.

É claro que algumas plataformas e navios-sonda poderão ir para o exterior e algumas encomendas de navios podem não se efetivar, mas, mesmo assim, as perspectivas do setor são excelentes. Só de plataformas, o total deverá ser de 40 e o número de barcos de apoio poderá superar 200, em função da demanda da nova região petrolífera conhecida como Pré-Sal.

Não é à toa que há inúmeros estaleiros novos anunciados para o Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e outros estados, com investidores de China, Coréia e outras origens. Tudo indica que, mesmo em caso de alguma frustração, os números ainda serão significativos.

Há muitos atrasos, causados pela sistema Petrobras. A encomenda de 24 barcos de apoio, com licitação iniciada em outubro passado, em geral decidida em três meses, está prestes a completar um ano. Mais do que a CPI, o que gerou atraso foi a falta momentânea de recursos da Petrobras, no início do ano, com a queda no preço do barril do petróleo, o que a levou a lançar bônus no exterior, tomar crédito de CEF e BNDES e adotar adiamento drástico de despesas. O projeto de se fazer aluguel antecipado de navios de petróleo, pelo qual encomendas aos estaleiros seriam feitas por privados, foi adiado de junho para agosto e poderá representar 19 embarcações.

No caso da Transpetro, para a fase I, faltam os navios de gás, em razão de atrasos do novo grupo que assumiu o estaleiro Itajaí e, para a fase II, estaleiros negociam detalhes com a estatal. A Transpetro quer que os estaleiros criem subsidiárias para cada projeto e os estaleiros alegam que, por lei, não pode haver mais de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) em cada endereço.(Fonte: Net Marinha/Sérgio Barreto Motta)