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Clippings - 19/10/09

Estaleiros ocupam áreas importantes da região

Do alto do pórtico com 85 metros de altura e 130 metros de largura, dotado de um guindaste capaz de erguer peças de 600 toneladas, é possível avistar toda a dimensão do Estaleiro Rio Grande (ERG) destinado à montagem de plataformas para exploração de petróleo e gás que está sendo construído pela WTorre. A obra começou em março de 2006, foi interrompida durante oito meses para a ampliação do projeto a pedido da Petrobras e deverá estar em condições de operação até fevereiro de 2010, afirma o diretor da construtora, José Hagge Pereira.

O investimento, de R$ 840 milhões, inclui dique de 350 metros de comprimento por 133 de largura de onde a água do mar poderá ser bombeada para permitir o trabalho nas plataformas em terra, além de uma oficina para processar 1,5 mil toneladas de aço por mês. A Petrobras licitou a obra, participa com 79% dos recursos e utilizará a estrutura durante dez anos. A WTorre, que ficará com os ativos depois desse perãodo, está investindo os 21% restantes.
A estreia do ERG será no início de 2010, com a montagem de módulos da plataforma P-55 (o caso está sendo fabricado no porto pelo Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco), que deve operar em 2011. A obra será executada pelas construtoras Queiroz Galvão, UTC e Iesa Engenharia, as mesmas que em 2008 montaram os módulos da P-53, ainda em área junto ao cais público do porto. A WTorre tem a expectativa de que o dique receba a construção dos oito cascos de navios-plataforma que a Petrobras está licitando para operar no pré-sal.

Segundo Hagge, a construtora pretende aportar mais R$ 330 milhões por conta própria em dois projetos integrados ao atual: o ERG 2, para produzir embarcações de apoio às plataformas e ampliar a capacidade de processamento de aço no local; e o ERG 3, onde o plano é instalar um condomínio para fornecedores. A ideia é concluir ambos até 2011. A Metasa, fabricante de estruturas metálicas, já anunciou a instalação de uma unidade em área própria até 2011, com capacidade de processamento de 80 mil toneladas anuais e investimentos de R$ 370 milhões.

Mas a WTorre não terá o único estaleiro do porto gaúcho. A Wilson,Sons, que no ano passado investiu US$ 50 milhões na ampliação do Terminal de Contêineres (Tecon) de Rio Grande, planeja aplicar o mesmo valor em uma unidade para a construção de embarcações de apoio off-shore especializadas em operar âncoras de plataformas de petróleo e gás e em rebocar grandes estruturas oceânicas (as AHTS).
Conforme o diretor de estaleiros do grupo, Arnaldo Calbucci, a obra começa até o início de 2010 e será concluída em até dois anos e meio. A capacidade de produção deve ser o dobro de Guarujá (SP), onde a empresa fabrica duas unidades por ano de uma embarcação um pouco menor, conhecida como PSV, destinada a transportar suprimentos para as plataformas. Segundo a superintendência do porto, a Queiroz Galvão também tem um projeto de estaleiro para Rio Grande, mas a empresa não se manifestou a respeito.