Com o intuito de otimizar as oportunidades da cadeia de petróleo, gás e naval, o governador Eduardo Campos assinou dois decretos durante o seminário Pernambuco Business 2009, voltado para empresários do setor, na tarde de ontem. O primeiro institui o Fórum Suape Global de Pernambuco, enquanto o outro altera o Estatuto Social e a estrutura organizacional do porto pernambucano.
Com os decretos, o projeto Suape Global – lançado pelo Governo do Estado ainda em 2007 com o intuito de atrair empresas ligadas à exploração de petróleo, gás e fabricação de navios para Pernambuco – passa a contar com uma diretoria exclusiva. O ex-coordenador executivo de implantação de negócios do Porto de Suape, Sílvio Leimig, será o diretor-presidente. “As mudanças visam propiciar a criação de cadeias produtivas que incrementam a participação das empresas pernambucanas no cluster, principalmente a metal-mecânica”, afirmou Leimig.
“O que estamos fazendo aqui é colocar Pernambuco na cena global de petróleo, gás e offshore. Pensamos grande, começamos a fazer rápido e estamos tirando do papel as coisas que estavam sendo desenhadas”, explicou Eduardo.
O Governador também disse que a consolidação do Suape Global vai além das oportunidades que serão geradas com a exploração das novas reservas petrolíferas encontradas na costa brasileira. “Estamos olhando o Pré-sal sim, mas também para a costa africana, para o Golfo do México, entre outras áreas. Entendemos que aqui nasce uma plataforma de prestação de serviços na área de petróleo, não só para o Brasil, mas para o mundo, do ponto de vista da nossa localização e da nossa infraestrutura”, garantiu.
Por fim, Eduardo ressaltou a participação do Governo Federal para concretização do projeto Suape Global. “O que nasce em Suape, nasce pela força e uma visão de Governo do Presidente Lula. Pela decisão de fazer da Petrobras e do BNDES instrumentos que induzam o desenvolvimento e animem o investimento privado nacional e estrangeiro. Se não houvesse a Petrobras, o BNDES e o poder de compra da Transpetro, não estaríamos transformando essa nossa realidade”, afirmou.
Estaleiro – O Governador ainda adiantou que um segundo estaleiro deve atracar em Pernambuco ainda esta semana de forma efetiva. De acordo com o governador, o anúncio deverá ser feito na próxima quinta-feira. A indústria naval deve ocupar uma área de 200 mil m² e inicia suas operações dentro de dois anos. “O segundo estaleiro de Pernambuco está na mão. Será um investimento de cerca de R$ 300 milhões e que deve gerar 2.500 empregos”, disse Eduardo.
Ao contrário do estaleiro formado pelas empresas Alusa Engenharia, Galvão Engenharia, Samgdong, Komac e SBM Off Shore NV, que aguarda o resultado da licitação da Petrobras para a compra de novos navios, a nova fábrica de embarcações já conta com encomendas feitas pela estatal.
No último dia 10 de setembro, as cinco empresas e o Governo do Estado assinaram um protocolo de intenções que prevê um investimento de 495 milhões de dólares (cerca de R$ 845 milhões de reais). O estaleiro poderá gerar até três mil empregos diretos e outros seis mil indiretos. O início das obras está marcado para maio do ano que vem e a construção levará entre 12 a 15 meses.