A Petrobras tem pressa na definição do sistema de escoamento de gás natural que será produzido nos campos do pré-sal. No dia 19 de outubro a companhia recebe as propostas para três projetos de engenharia básica – conhecidos no setor como Front End Engineering and Design (Feed) – para detalhamento de um projeto para liquefazer o gás natural que será produzido no campo de Tupi em cima de uma plataforma flutuante distante 300 quilômetros da costa. Ninguém ainda fez isso no mundo.
A diretora de Gás e Energia da estatal, Maria das Graças Foster, não menciona o nome das empresas que estão participando da licitação, mas não desmente notícias de que são a Modec, SBM, Saipem, KBR e a Technip estão competindo. Os ganhadores do processo vão assinar contrato em dezembro e terão um ano para apresentar os projetos, que precisarão estar concluídos em dezembro de 2010.
Graça, como é chamada, explicou que em dezembro do próximo ano a empresa também terá pronto o projeto de um gasoduto para transportar o gás de Tupi. Quando todos os projetos ficarem prontos vamos analisar se estratégica, economica e tecnicamente é mais interessante fazer GNL-E (gás natural liquefeito embarcado) ou se faremos gasoduto mesmo, explica.
Segundo ela, do ponto de vista técnico e estratégico é pouco provável que a Petrobras opte por um gasoduto, dada a distância e pouca flexibilidade. Mas a decisão final vai depender dos preços. O grande desafio desse projeto é o custo. E se as empresas salgarem a mão nos custos não vão levar, avisa a diretora, de forma enfática. (Valor Econômico – 28/8/2009)