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Clippings - 26/08/09

Estrangeiros investem em ações e em títulos

Os investimentos diretos, em ações e em títulos públicos seguem na liderança do fluxo de capitais estrangeiros ao Brasil, segundo estatísticas do balanço de pagamentos divulgadas ontem pelo Banco Central. As captações de médio e longo prazo feitas por empresas brasileiras também ganham maior fôlego com a recuperação dos mercados de capitais. Em agosto, até ontem, os investimentos estrangeiros na compra de ações de empresas brasileiras somam US$ 3,107 bilhões. Em julho, já havia sido registrado bom fluxo líquido de entradas, com US$ 6,706 bilhões, dos quais US$ 2,445 bilhões se referem à oferta pública de ações da VisaNet.

Os investimentos estrangeiros diretos chegaram a US$ 1,287 bilhão em julho. O número está abaixo da média mensal necessária (US$ 2,083 bilhões) para o fluxo chegar aos US$ 25 bilhões projetados pelo BC para 2009. O ingresso mais fraco, porém, deve-se a uma operação pontual. Um acionista estrangeiro da VisaNet fez uma repatriação de US$ 853 milhões em capitais depois de vender sua participação na oferta pública da companhia. Assim, a saída de investimentos diretos foi mais do que compensada pelo ingresso de investimentos em ações.

Em agosto, até anteontem, os ingressos de investimentos diretos somam US$ 1,4 bilhão, e a projeção oficial do BC é que o fluxo chegue a US$ 1,6 bilhão até o fim do mês. Caso as projeções se confirmem, o fluxo em agosto também ficará abaixo da trajetória para atingir os US$ 25 bilhões esperados pelo BC para o ano. De janeiro a julho, a média mensal de ingressos de investimentos diretos foi de US$ 1,995 bilhão. Os ingressos de investimentos estrangeiros dirigidos à compra de títulos públicos se mantêm altos. Em julho, foram US$ 921 milhões, e os dados de agosto coletados até ontem registram fluxo positivo de US$ 584 milhões. Esses capitais são atraídos pelos altos juros básicos vigentes no país, em comparação com as taxas de outras economias.

As captações das empresas brasileiras no exterior mostram recuperação, com taxa de rolagem de 331% dos vencimentos em agosto, até ontem. O bom desempenho foi puxado por uma captação de US$ 1 bilhão feita pela Eletrobrás. A taxa de rolagem é alta. Ela fica em 94%, acima dos 75% esperados pelo BC para o ano e dos 24% em julho e 66% observados no perãodo de janeiro a julho. (AR)