Gestores estrangeiros debruçam-se sobre os detalhes da capitalização da Petrobras, que tem o potencial de se tornar uma das maiores do mundo, e não ficaram satisfeitos com o preço do barril do petróleo fixado pelo governo. Eles também têm dúvidas sobre os detalhes da transação e o grau de diluição da participação dos minoritários. No dia seguinte ao anúncio do preço dos barris, as ações da Petrobras subiram 2,11% na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O preço é atraente para o governo, mas não para o minoritário, avaliou o gestor Lionel Bernard, da Amundi, administradora de recursos do Crédit Agricole e Societé Generale em Paris.
O gestor do fundo britânico F&C, Urban Larson, avalia que o valor é alto, mas poderia ter sido pior. Vamos olhar a oferta com carinho porque há poucas petroleiras no mundo com o potencial da Petrobras, mas é preciso ser exigente sobre a precificação da ação devido ao anúncio de ontem, afirmou. Um ponto essencial para os investidores é o grau de diluição que podem enfrentar caso não acompanhem a oferta de ações. E a reclamação é que faltam detalhes para fazer essa conta, principalmente em função das dúvidas sobre a participação de outros veículos do governo no processo.