O secretário do Interior dos Estados Unidos, Ken Salazar, anunciou ontem a suspenção da moratória imposta pelo governo americano à prospecção de petróleo em águas profundas. Salazar disse ainda que o governo estabeleceu novas regras para a exploração de petróleo voltadas para evitar a repetição do derramamento de óleo que configurou o maior desastre ambiental dos EUA, após a explosão de uma plataforma da petrolífera britânica British Petroleum (BP) no Golfo do México. Foram essas novas regras, afirmou o secretário, que permitiram a suspensão da moratória imposta pelo governo após o desastre.
A suspensão da moratória de seis meses, iniciada em 27 de maio, não significa que as prospecções serão retomadas imediatamente, afirmou Michael Bromvich, diretor do Escritório de Energia Oceânica, unidade do Departamento do Interior dos EUA que supervisiona a produção de energia. Somente poucas emissões de perfuração deverão ser emitidas no primeiro mês após a suspensão da moratória, à medida que as companhias trabalham para se adaptarem às novas regras, revelou Bromvich. As novas regras de segurança exigirão dos cofres das empresas um custo adicional de USD 183 milhões por ano às operações de exploração em águas profundas, revelou o Departamento do Interior. Cada novo poço que usa uma plataforma flutuante terá um custo adicional de USD 1,42 milhão. Os poços de água rasa terão um custo de USD 90 mil.