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Clippings - 16/06/11

Exportações da cidade atingem alta de 42%

Tradicional polo na prestação de serviços, a cidade paulista de Ribeirão Preto demonstra força também na indústria. Tanto que, em 2011, o município exportou mais do que importou.

Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (13) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior as exportações por Ribeirão Preto cresceram 42,18% em valores no acumulado dos primeiros cinco meses do ano, na comparação com o mesmo perãodo de 2010.

Entre os meses de janeiro e maio últimos, a conta indica que os embarques de mercadorias chegaram a movimentar cerca de US$ 73,9 milhões, ante US$ 52 milhões nos cinco primeiros meses do ano anterior. Por outro lado, as importações, especialmente aquelas voltadas a área de insumos e também de bens de consumo não duráveis, somaram US$ 71,2 milhões, algo em torno de 35% mais que o registrado no ano passado. No total, o saldo entre importações e exportações ficou positivo em pouco mais de R$ 2,7 milhões. De acordo com o economista João Marino Júnior, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão (FEA-RP/USP), é possível dizer que mais do que a questão cambial, as exportações da cidade paulista foram impulsionadas por questões como a valorização de determinados produtos, considerados especialmente os da indústria médica e também odontológica. Os números também ficaram mais positivos por conta do aumento da demanda externa, comenta. É o caso das indústrias Dabi Atlante e Gnatus, duas das três maiores fabricantes de produtos odontológicos do Brasil. Juntas, elas exportam para mais de 50 países e, em 2011, já ultrapassaram a casa dos US$ 10 milhões em vendas para o exterior. Menos volume Se houve aumento no valor dos produtos, os dados do Ministério da Indústria e Comércio mostram também que, em volume, as vendas para o mercado externo estão menores. Nos cinco primeiros meses deste ano, é possível dizer que foram embarcados 6,2 milhões de toneladas, contra 32,2 milhões de toneladas no mesmo perãodo do ano anterior. Já em maio último foi exportado 1,2 milhão de toneladas, contra 12,3 milhões de toneladas embarcadas no mesmo mês do ano passado. O resultado financeiro das exportações comprova que o desempenho de Ribeirão Preto se deve a produtos de maior valor agregado, disse Rodrigo Faleiros, especialista em comércio exterior. O representante regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Fabiano Ribeiro, concorda com a avaliação. De acordo com ele, a região importa muitos bens de consumo, que são, por definição, produtos industrializados. Com isso, a geração de emprego acontece na cidade, o que é positivo. Quanto mais industrializado o produto exportado, melhor, já que geram-se mais emprego e o valor agregado é maior, informa.

Balanço Segundo balanço do Ministério do Desenvolvimento, entre os principais produtos exportados por Ribeirão estão: sementes para a agricultura, com exportações no valor de US$ 9,9 milhões), seguidas de minério de estanho (US$ 6,8 milhões), caldeiras (US$ 5,5 mi), cadeiras odontológicas e equipos (US$ 5,4 milhões) e estanho bruto (US$ 4,9 milhões). Já no quesito importações, os pneus foram os produtos mais comprados pela cidade no exterior, totalizando US$ 4,2 milhões. O segundo item da lista foi borracha pré-vulcanizada, com US$ 4 milhões, seguida por aparelhos de raio X (US$ 2,9 milhões), rolhas (US$ 2) mi) e sondas (US$ 1,7 milhão) Destinos Surpresa também quando o assunto é o destino dos produtos exportados pela cidade. A América do Sul ganhou definitivamente destaque como polo recebedor dos produtos ribeirão-pretanos, Na lista dos dez maiores importadores, sete são sul-americanos e, no total, quase 54% do valor das exportações foram para o subcontinente. Tanto que a Bolívia, com pouco mais de US$ 12 milhões, foi o país que mais comprou de Ribeirão Preto. No ano passado, como comparação, o país do presidente Evo Morales importou pouco mais de US$ 1,7 milhão, ou um 7 vezes menos. A Venezuela, com US$ 6,6 milhões, Argentina, com US$ 4,7, o Paraguai, com US$ 4, Peru, com US$ 3,6, Colômbia (US$ 2,5) e Chile (US$ 1,9) completam a lista. Com relação a importação, a situação permanece inalterada em relação ao ano passado. Os produtos chineses foram os mais procurados pela cidade, que importou US$ 13 milhões do país asiático. Os Estados Unidos aparecem na segunda posição, com US$ 11 milhões, seguidos da Alemanha (US$ 6 milhões), Coréia do Sul (US$ 5 milhões) e Israel (US$ 3 milhões). A Argentina, com pouco mais de US$ 2,7 milhões e na sexta posição, é o primeiro país sul-americano na lista.