O tsunami no Japão pode afetar as exportações brasileiras de minério de ferro para o país. Segundo o vice-presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro, o Japão é o terceiro maior comprador de minério de ferro do mundo e este é um dos principais produtos exportados pelo Brasil para o país asiático.
O Brasil, como um todo, num primeiro momento, vai sentir o impacto negativo pela queda de preços, principalmente do minério de ferro. Isso porque o Japão tem uma economia industrial muito forte, afirmou.
Castro disse que o Japão exporta 50% do minério de ferro que consome, e o país é a terceira maior economia do mundo. A terceira economia do mundo, reduzindo as suas importações, pode prejudicar toda a economia mundial, afirmou. Só no ano passado, o Brasil exportou para os japoneses mais de US$ 3 bilhões em minério de ferro.
Quanto aos produtos que o Brasil importa do Japão, Castro acredita que possam ser substituídos pelos fabricados em outros países, como a China. O que importamos do Japão pode ser substituído por produtos de outros países da Ásia. É, por exemplo, o caso de automóveis, equipamentos para veículos e equipamentos eletrônicos.
O principal problema são as exportações, e não as importações, porque não é possível substituir comprador, mas fornecedor, sim, enfatizou Castro.
Na madrugada de sexta-feira (horário brasileiro), um terremoto de 8,8 graus na escala Richter atingiu o país e provocou tsunamis na costa do país.