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Clippings - 03/05/13

Exportações de soja têm forte aumento em abril

As exportações brasileiras de soja em grão somaram 7,155 milhões de toneladas e renderam US$ 3,797 bilhões em abril, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secex/Mdic). Com o avanço do escoamento da safra 2012/13, que já está na reta final, e a diminuição da “disputa” com o milho nos dois principais portos do país – Santos (SP) e Paranaguá (PR) —, o volume embarcado foi 102,3% maior que o registrado em março, e a receita cresceu 98,8% nesta mesma comparação.

Em relação aos resultados de abril de 2012, o volume exportado no mês passado foi 61,5% superior, enquanto o aumento do valor das vendas chegou a 67,9%. Em grande medida, esses incrementos refletem o aumento da oferta do grão no país neste ano, uma vez que adversidades climáticas, sobretudo na região Sul do país, derrubaram a colheita na temporada 2011/12. Soja em grão e seus derivados (farelo e óleo) são os principais itens da pauta exportadora do agronegócio brasileiro. Neste ciclo 2011/12, o Brasil trava acirrada concorrência com os Estados Unidos pelo posto de maior país exportador do grão do mundo.

Já as exportações brasileiras de farelo e óleo de soja não acompanharam a disparada do grão e apresentaram resultados mais modestos em abril. No caso do farelo, os embarques alcançaram 1,257 milhão de toneladas e renderam US$ 604 milhões. Os crescimentos em relação a março foram marcantes — 103,7% e 95%, respectivamente —, mas na comparação com abril do ano passado os resultados foram menos expressivos: o volume aumentou 9,8% e a receita, 28,8%.

Já as exportações de óleo de soja, que alcançaram 110,2 mil toneladas (US$ 116,4 milhões) tiveram quedas em todas as comparações. Em relação a março, as retrações foram de 10,4% e 15,4%, respectivamente. E sobre abril de 2012, foram de 16,5% e 25,4%. Secundários na balança do chamado “complexo” soja, em larga medida por questões tributárias que reduzem suas competitividades, tanto farelo quanto óleo também não estão no topo do interesse da China, principal comprador de soja em grão. Como estimularam investimentos em unidades de processamento nos últimos anos, os chineses preferem importar a matéria-prima e produzir farelo e óleo no próprio, que têm maior valor agregado, no país.